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A guerra contra as pessoas continua com uma violência trágica que está a arruinar vidas, a dificultar o acesso a cuidados e a pôr profissionais de saúde em risco
Equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) em três zonas no Sudão – nos estados de Cartum, de Darfur Norte e de Darfur Sul – providenciaram tratamento a pacientes feridos, em fluxos maciços de chegadas aos hospitais, com a guerra entre as Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido a prosseguir sem nenhum respeito pelas vidas civis.
A 4 de fevereiro, em Nyala, no Darfur Sul, 21 pacientes feridos foram levados para o Hospital Universitário de Nyala, onde a MSF presta apoio, depois de ataques aéreos levados a cabo pelas Forças Armadas Sudanesas atingirem uma fábrica de óleo de amendoim, e sobre os quais é reportado terem causado 25 mortos. No dia anterior, 3 de fevereiro, uma série de ataques aéreos bombardearam durante a tarde áreas residenciais de Nyala, quando se encontravam muitas pessoas nos locais atingidos – foram destruídas casas civis e reportada a morte de 32 pessoas e dezenas de feridos, muitos dos quais foram levados para o Hospital Universitário de Nyala.
Um médico das equipas da MSF, que estava a trabalhar naquele hospital quando os ataques aéreos de 3 de fevereiro ocorreram, descreve: “O bombardeamento foi perto do hospital. Sentimos o edifício a tremer. Quando cheguei às urgências, a situação era horrível. Havia sangue por todo o lado, alguns pacientes tinham fraturas, outros tinham membros despedaçados. No serviço de urgências vi duas crianças – uma de 4 anos e a outra de 2 anos. A tia de uma delas contou-nos que a criança tinha perdido três irmãos e a mãe [nos ataques aéreos]; só o pai e o irmão mais velho sobreviveram, porque estavam ambos a trabalhar.”
Havia sangue por todo o lado, alguns pacientes tinham fraturas, outros tinham membros despedaçados.” – Médico da MSF no Hospital Universitário de Nyala
Havia sangue por todo o lado, alguns pacientes tinham fraturas, outros tinham membros despedaçados.”
– Médico da MSF no Hospital Universitário de Nyala
Civis foram mortos também em El Fasher, no Darfur Norte, onde decorrem confrontos ferozes nos meses recentes. Equipas da MSF têm prestado tratamento, na última semana, a civis feridos no campo para pessoas deslocadas de Zamzam, na esteira de combates intensos, entre as Forças de Apoio Rápido e as Forças Armadas Sudanesas junto com as aliadas Forças Conjuntas, que causaram dezenas de vítimas.
No dia 2 de fevereiro, o hospital de campanha da MSF no campo de Zamzam recebeu 21 pacientes feridos, mais de metade sendo crianças, que tinham sofrido ferimentos quando fugiam da aldeia de Shagra, nas imediações de El Fasher.
O hospital de campanha da MSF em Zamzam presta cuidados de saúde materna e pediátrica, não estando equipado para dar resposta a ferimentos de traumatologia que necessitam de cirurgia. A única possibilidade de aceder a serviços cirúrgicos de tal natureza localiza-se a alguns quilómetros de distância, mas as pessoas não os conseguiam obter porque não podiam utilizar a estrada entre Zamzam e El Fasher devido aos combates em curso e às mudanças nas linhas da frente.
Assim, pacientes em estado crítico ficaram sem ter como sair do campo de Zamzam e sem conseguir aceder aos cuidados necessários para lhes salvar a vida. Quatro pacientes, de entre os feridos, morreram. Cinco pacientes foram encaminhados a 3 de fevereiro para El Fasher, onde o Hospital Saudita continua relativamente funcional apesar dos ataques implacáveis, incluindo o bombardeamento da instalação a 24 de janeiro, no qual foram reportadas 70 mortes.
Saiba mais: Crise de desnutrição no Sudão: MSF reforça a necessidade de ação imediata para evitar mortes e fome
Milhares de pessoas em fuga de Shagra chegaram a Zamzam na última semana, tendo deixado tudo para trás na procura desesperada por segurança. Descreveram às equipas da MSF uma violência terrível naquela zona.
Cerca de 60 famílias, vindas de Shagra, chegaram a Tawila, onde a MSF opera um programa de emergência que providencia cuidados de urgência, de saúde materna e pediátrica e apoio nutricional. As pessoas que fugiram de Shagra para Tawila contaram às equipas da organização médica-humanitária que tinham sido roubadas e atacadas na estrada durante a fuga.
Os níveis de violência intensificaram-se também no estado de Cartum, desde o início de fevereiro. A 4 de fevereiro, durante disparos de artilharia por parte das Forças de Apoio Rápido em Omdurman, houve explosões a cem metros do Hospital Al-Nao, que é apoiado pela MSF. O Ministério da Saúde reportou 38 feridos e seis mortos, incluindo um voluntário do Al-Nao, estrutura que conta com várias pessoas que se voluntariam para ajudar o hospital a funcionar.
Esta foi a segunda vez que o pessoal médico do Hospital Al-Nao deu resposta a um fluxo maciço de pacientes feridos recentemente. Já a 1 de fevereiro, um ataque das Forças de Apoio Rápido a um mercado matou 54 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde. Desde do início da guerra no Sudão, o Hospital Al-Nao foi atingido com explosões, três vezes: em agosto e outubro de 2023 e em junho de 2024.
“A violência que as Forças de Apoio Rápido e as Forças Armadas Sudanesas estão a infligir nos civis em todo o Sudão é trágica e chocante”, frisa o responsável de emergências da MSF Ozan Agbas. “A violência continua a arruinar vidas, a dificultar o acesso das pessoas a cuidados médicos e a colocar os profissionais de saúde em risco. Instamos as partes em conflito a proteger a vida dos civis e a poupá-los desta guerra contra as pessoas”, sustenta ainda.
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