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Os intensos ataques aéreos estão atingindo civis e fazendo vítimas fatais
O grande número de ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico nas províncias de Hassakeh e Deir ez-Zor, no nordeste da Síria, está ampliando o fluxo em massa de feridos no hospital apoiado por MSF em Hassakeh.
Em 10 dias, entre 4 e 14 de junho, o hospital recebeu 17 sobreviventes de ataques aéreos, incluindo seis crianças e três mulheres. Todos estavam dentro ou perto de suas casas quando foram atingidos pelos ataques. Antes disso, e nos cinco meses entre janeiro e junho, MSF havia atendido sete sobreviventes de ataques aéreos.
Um dos pacientes, Saif*, conta: “o primeiro bombardeio foi perto da escola em que estávamos vivendo, então corremos para a casa de nossos vizinhos. Havia várias crianças, idosos e deficientes. Eu estava tentando levar as crianças para fora […], para que o avião as visse e percebesse que éramos civis. Eles nos atacaram do mesmo jeito. Quatorze pessoas foram mortas, incluindo quatro crianças, três mulheres e dois homens idosos. Oito pessoas ficaram feridas, mas uma morreu a caminho do hospital.”
Manal*, que chegou ao hospital com sua irmã ferida, disse: “se você tivesse visto nossas crianças mortas… Uma delas foi praticamente cortada ao meio. A outra teve seu coração arrancado do corpo. Os corpos foram queimados. Nós não conseguíamos nem mesmo enterrá-las.”
Muitas pessoas viajaram durante horas até chegar ao hospital de Hassakeh. As sinuosas frentes de batalha entre grupos armados podem transformar uma jornada de apenas uma hora em uma jornada de seis horas, já que as pessoas muitas vezes precisam desviar e viajar por áreas rurais da província de Deir ez-Zor para evitar passar por postos de controle. Paralelamente, os poucos centros de saúde remanescentes e em funcionamento na região são privados e muito caros, ou carecem de equipes especializadas.
Manal* e sua irmã vieram de al-Dashisha, próximo à fronteira iraquiana, a cerca de 2h30m do hospital. “Não há médicos em al-Dashisha, apenas farmacêuticos que fazem curativos e vendem medicamentos”.
Khaled*, que estava cuidando de seu sobrinho de 20 anos, ferido na área de Al-Bukamal, disse: “Depois de seis ou sete horas de viagem, eles chegaram a uma clínica particular em Shaeil. A viagem foi longa porque não podemos ir diretamente de nossa aldeia a Buseira (cidade grande onde algumas clínicas particulares estão realizando cirurgias) e tivemos que cruzar o deserto. Se as estradas estivessem abertas e desimpedidas, não teriam demorado mais de uma hora”.
Olivier Antonin, coordenador de projeto de MSF na Síria, afirma: “Desconhecido para muitos, o nordeste da Síria ainda é um campo de batalha. Após um período de relativa calma, os ataques aéreos se intensificaram recentemente. Com base no que ouvimos de pacientes que chegam ao nosso hospital em Hassakeh, estamos preocupados que a conduta hostil possa estar violando as leis de guerra. Nós escutamos falar que civis e casas estão sendo incessantemente atingidos. É um absurdo que uma estratégia destinada a trazer paz e estabilidade esteja causando tanto sofrimento e derramamento de sangue.”
*Nomes foram alterados a pedido dos pacientes e de seus responsáveis por segurança.
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