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Violência indiscriminada no país está provocando o sofrimento de milhares de pessoas
Dezenas de pessoas feridas foram tratadas por equipes da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) em diferentes regiões do Iêmen devido a ataques aéreos e bombardeios ocorridos nos últimos dias.
Uma equipe de MSF tratou mais de 67 pessoas feridas em Beni Hassan, no noroeste do Iêmen, após uma série de ataques aéreos atingirem um mercado movimentado, depois do fim do jejum do Ramadã na noite de sábado, 4 de julho. Cerca de 20 pessoas foram mortas durante o ataque ao mercado, localizado no distrito de Harad. No dia seguinte, a equipe de MSF resgatou nove cadáveres entre os escombros. Um homem idoso ferido também foi resgatado e transferido para o centro de saúde de Beni Hassan, onde MSF oferece apoio desde maio deste ano.
O ataque ao mercado, chamado Aahem triangle, começou por volta de 20h30, quando um posto de gasolina foi atingido. Meia hora depois, houve um segundo ataque no centro do mercado lotado, atingindo também dois restaurantes e um hotel.
A equipe de MSF foi chamada a ir a Beni Hassan uma hora depois, quando carros e veículos de transporte público já estavam levando dezenas de pessoas feridas ao centro de saúde. A equipe estabilizou os pacientes feridos e encaminhou três deles aos principais hospitais da região: al Jumhuri, na cidade de Hajjah, e al Olafi e al Thawara, na cidade de Hodeida. MSF doou kits para cuidados com ferimentos de guerra para 100 pessoas no hospital al Jumhuri, que recebeu mais de 40 encaminhamentos no total, e também forneceu combustível e ambulâncias.
Equipes médicas ficaram rapidamente sobrecarregadas pelo número de pessoas feridas e pela gravidade de seus ferimentos. “Tem sido horrível. Nunca poderíamos imaginar que receberíamos tantas pessoas gravemente feridas ao mesmo tempo em um pequeno centro de saúde como o Beni Hassan”, disse o Dr. Ammar, membro de MSF. “Toda a equipe estava chocada com o que viu, especialmente porque isso aconteceu a pessoas que estavam aproveitando uma noite em meio ao Ramadã.”
“É inaceitável que ataques aéreos aconteçam em regiões com alta concentração de civis, onde pessoas estão reunidas e tocando suas vidas, especialmente em uma época como o Ramadã”, disse Colette Gadenne, coordenadora-geral de MSF no Iêmen.
Desde o início do conflito no Iêmen, diversos ataques têm acontecido, causando a morte em massa de civis, muitos dos quais deslocados internos, uma população já extremamente vulnerável e que vive em condições precárias.
Hoje, no sul do Iêmen, equipes de MSF prestaram assistência a 23 civis feridos em um ataque aéreo que aconteceu no mercado de Alfayush, na província de Lahj. Próximo dali, em Aden, mais de 80 feridos, incluindo mulheres e crianças, foram tratados por profissionais de MSF no dia 1º de julho, em decorrência de um bombardeio pesado a uma área residencial no distrito de Al-Mansoora. Bombardeios e confrontos em Aden fazem equipes de MSF receberem constantemente feridos no hospital de emergência cirúrgica. Nos últimos quatro meses, mais de 2.800 feridos, incluindo mulheres e crianças, foram tratados.
Ontem, na próvincia de Amran, no leste do país, um hospital apoiado por MSF recebeu sete feridos, incluindo três crianças com menos de 13 anos, devido a ataques aéreos que atingiram o distrito de Harf Sufian.
A violência também atingiu a província de Taiz, no noroeste do Iêmen, onde bombardeios indiscriminados causaram ferimentos e até a morte de diversas pessoas, incluindo mulheres e crianças. Entre 2 e 5 de julho, o hospital Al-Rawdah, apoiado por MSF, recebeu 93 feridos e 16 pessoas mortas como resultado do bombardeio de várias áreas residenciais. Em apenas um dia, no sábado, o hospital recebeu 18 feridos, incluindo um bebê de um ano de idade.
Em Taiz, MSF apoia hospitais que tratam pacientes feridos nos dois lados do conflito com doações de curativos e kits cirúrgicos. Desde março deste ano, o hospital Al-Rawdah recebeu um total de 2.193 pessoas feridas, incluindo mulheres e crianças, e 298 vítimas mortas pela violência. A situação humanitária continua se deteriorando a níveis inaceitáveis, com famílias sendo encurraladas em linhas de frente de batalha e incapacitadas de obter alimentos, combustível e gás de cozinha.
Além de ataques em áreas civis altamente populosas, infraestruturas e profissionais médicos têm sido alvos constantes, o que afetou gravemente a capacidade da estrutura de saúde do país de responder a um contexto tão violento. O hospital de Harad, um dos poucos que ainda estava em pleno funcionamento na região de Hajjah, foi bombardeado em meados de junho, e agora não está mais operando. Antes do ataque ao mercado de Aahem, na semana passada, uma equipe de MSF que estava visitando o local do hospital bombardeado em Harad também foi atacada e teve de fugir da cidade.
MSF é uma organização médica internacional neutra que oferece cuidados de saúde em mais de 60 países de acordo com a ética médica. No Iêmen, MSF atua nas províncias de Aden, Sanaa, Al Dhale, Amran, Saada, Taiz e Hajja.
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