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Mais de três milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito no país desde janeiro de 2014
Há um ano, a família de Hadji Charmeed teve de tomar a decisão mais difícil de suas vidas. “Eu não posso andar por causa de um ferimento resultante da guerra”, diz Hadji, olhando para o seu pé parcialmente amputado. “Minha família não quis me deixar para trás, então decidiram que ficaríamos todos juntos.” Esse foi o dia em que grupos armados invadiram o distrito de Sinjar, na província de Ninewa, no Iraque, matando e deslocando milhares de pessoas.
Algumas pessoas fugiram e se abrigaram nas montanhas Sinjar. Outras, como Hadji, foram capturadas. Após meses em cativeiro, Hadji e parte de sua família finalmente encontraram um local seguro. Eles conseguiram chegar ao norte do Curdistão iraquiano e, hoje, sua casa fica perto da cidade de Zakho. Chegando de mãos vazias e deixando tudo para trás, a família agora ocupa uma das casas inacabadas da região.
As casas inacabadas e os antigos prédios de vários andares na área agora são lar de aproximadamente 700 famílias (cada família conta com, pelo menos, seis membros).
As condições de vida nos edifícios inacabados são precárias. Feitos de concreto, a maioria não tem portas nem janelas. Eles não oferecem proteção contra o frio e o tempo úmido do inverno, nem contra o calor do verão, quando as temperaturas podem passar de 50°C. Com dificuldades de acesso à água e sem eletricidade, as condições severas complicam a vida e a saúde das pessoas no local.
MSF mantém clínicas móveis nos arredores de Zakho desde agosto de 2014. Entre janeiro e junho de 2015, equipes médicas de MSF ofereceram um total de 15.788 consultas para pessoas deslocadas vivendo em edifícios inacabados na região. “Dez por cento dos casos que atendemos são psicossomáticos, um número bastante elevado”, explica Jalal Alyas, um dos enfermeiros de MSF. “Quarenta por cento de nossos pacientes sofrem com doenças crônicas como diabetes ou hipertensão e o restante enfrenta infecções virais e respiratórias, diarreia e doenças de pele, como sarna.” As últimas complicações são resultantes da condição de vida precária, com muitas pessoas apresentando também abcessos e ferimentos infeccionados, resultantes da higiene precária.
Um ano após sua fuga em massa, as famílias deslocadas enfrentam a mesma situação de quando chegaram: suas vidas não melhoraram e elas continuam na incerteza. Elas não podem voltar para casa, algumas delas são ameaçadas por proprietários que querem recuperar suas posses, os acampamentos para deslocados estão lotados, e os recursos para atividades de apoio a elas estão se esgotando. “Muitas famílias necessitam de assistência humanitária e vivem em condições precárias em edifícios inacabados. Doadores começaram a recusar a entrada de novos moradores e as pessoas que vivem fora dos acampamentos continuam sendo negligenciadas”, diz Caroline Voûte, coordenadora do projeto de MSF.
Farhan Khala vive em condições difíceis e incertas em um dos apartamentos de um antigo edifício de vários andares perto de Zakho. Como diversos deslocados, há um pensamento que continua em sua mente. “Eu desejo que minha família encontre um local seguro para viver. Nós daríamos tudo o que nos resta para nos reunirmos novamente como uma família”, diz ele.
A escalada do conflito armado ao longo dos últimos dois anos levou a um deslocamento em massa, registrando mais de três milhões de pessoas deslocadas pelo país desde janeiro de 2014, de acordo com dados oficiais.
MSF tem respondido às necessidades humanitárias das pessoas deslocadas que fugiram das províncias de Anbar, Salah-ad-Din e Ninawa. Equipes médicas de MSF estão concentrando esforços na oferta de cuidados de saúde em diferentes regiões do país, além de serviços de água e saneamento, além de realizarem distribuições de cobertas e itens não-alimentares. Desde janeiro de 2015, equipes de MSF ofereceram um total de 55.598 consultas para deslocados iraquianos.
MSF atua continuamente no Iraque desde 2006, em várias localidades no norte e no sul do país. A fim de garantir sua independência, MSF não aceita doações de governos, comitês religiosos ou agências internacionais para seus programas no Iraque, e recebe somente doações privadas do público geral ao redor do mundo para realizar seu trabalho. Atualmente, MSF conta com 300 profissionais atuando no Iraque.
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