Istoé recebe prêmio por matéria sobre trabalho de MSF com população de rua no Rio

O Projeto Meio-Fio, de MSF, que oferece assistência à saúde e psicossocial à população adulta em situação de rua do centro do Rio de Janeiro, preparou, no ano passado, um levantamento – com base no cadastro dos usuários – sobre o perfil dessa população. O objetivo era sensibilizar a sociedade para os problemas enfrentados por uma população marginalizada, estigmatizada e com pouco acesso aos serviços públicos. Informações como: mais de 90% trabalham, apenas 1,5% já praticaram furtos e 1% pedem esmola; metade não possui documentos; a maioria é oriunda do estado do Rio de Janeiro, entre outras, chamaram a atenção de jornalistas que se interessaram em publicar o levantamento de MSF.

O jornalista Ricardo Miranda, da revista Istoé, saiu às ruas com as equipes de MSF e fez uma brilhante reportagem sobre essa população. A reportagem, publicada em novembro do ano passado, recebe agora a Menção Honrosa do XXV Prêmio Jornalístico Vladmir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 2003.

Criado em 1979, o Prêmio Vladmir Herzog é realizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, junto com a FENAJ, a Arquidiocese de São Paulo, a Ordem dos Advogados do Brasil-Seção São Paulo e a família Herzog, e vem premiando reportagens jornalísticas, fotografias e textos literários que tratem de direitos humanos e sociais.

Esta é a segunda reportagem da qual MSF participa que recebe o Prêmio Vladmir Herzog. Em 2001, o jornalista Caco Barcellos, da TV Globo, que este ano recebeu o prêmio na categoria Livro de Reportagem por “Abusado – o dono do morro Dona Marta”, foi premiado na categoria reportagem de TV, por uma matéria sobre o trabalho de MSF em Angola, país que atravessava uma guerra civil que já durava mais de 25 anos.