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Experiências traumáticas nos países de origem, condições precárias e falta de espaço nos centros de recepção, além da ausência de profissionais preparados e barreiras na comunicação, agravam estado de saúde mental de migrantes no país
Um número elevado de migrantes e solicitantes de asilo padece de distúrbios de saúde mental em decorrência de experiências vividas em seus países de origem, do trauma da jornada até a Europa e das condições inadequadas de recepção na Itália, alertou a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteira (MSF) em relatório. MSF, que oferece assistência em centros de recepção para solicitantes de asilo na Itália há mais de dez anos, pede que as autoridades da Itália e da União Europeia priorizem a saúde mental dessa população particularmente vulnerável.
“Das 387 pessoas entrevistadas durante as atividades de assistência psicológica de MSF, 60% apresentaram distúrbios de saúde mental, e 87% das 199 que tiveram acompanhamento durante o período em que estavam no sistema de recepção na Itália afirmaram que esse sistema fazia com que que sofressem ainda mais”, explica Silvia Mancini, especialista em saúde pública e autora do relatório. “Na Itália, o sistema de asilo está sobrecarregado e os processos são muito demorados. Consequentemente, homens, mulheres e crianças estão presos em centros de recepção emergenciais por longos períodos. Essa incerteza pode causar ansiedade intensa e outras condições de estresse.”
O relatório, intitulado Feridas Ignoradas, contém dados obtidos entre julho de 2015 e fevereiro de 2016 em diversos centros de recepção emergenciais (CAS, na sigla em italiano) em Roma, Trapani (Sicília) e Milão, além de dados médicos coletados durante as atividades regulares de MSF nos centros da província de Ragusa entre 2014 e 2015. Entre os 199 pacientes atendidos diretamente pelas equipes de MSF nos centros de recepção emergenciais em Ragusa, 42% apresentaram problemas associados a Transtorno de Estresse Pós-Traumático e 27% manifestavam ansiedade. Foi constatado que a probabilidade de desenvolver transtornos psicológicos é 3,7 vezes maior entre aqueles que já haviam passado por eventos traumáticos.
De acordo com o relatório, as condições de vida nos centros de recepção emergenciais, estruturados em 2014 como medida excepcional para acomodar o fluxo de recém-chegados, e não com o objetivo de serem acomodações em longo prazo, estão entre os fatores mais agravantes dos distúrbios de saúde mental entre imigrantes e solicitantes de asilo. Ainda assim, dois anos depois do início da chamada crise de migração e de refugiados na Itália, os recém-chegados não têm outra opção que não seja ficar meses a fio em acomodações que foram planejadas para ser temporárias. Essa situação ainda é agravada pelo fato de os serviços locais de saúde não disporem dos recursos necessários para oferecer assistência adequada a solicitantes de asilo e migrantes e empregarem profissionais que não são propriamente treinados para identificar as necessidades dos pacientes.
“Os centros de recepção emergenciais da Itália não estão preparados para abrigar pessoas por muito tempo e não deveriam ser usados para esse objetivo”, disse Tommaso Fabbri, coordenador-geral de MSF na Itália. “Há pouquíssimos tradutores e mediadores culturais trabalhando dentro do sistema e isso precisa ser mudado imediatamente. A barreira de comunicação causa uma quantidade desnecessária de estresse e leva a sentimentos ainda mais intensos de isolamento e precariedade entre os refugiados e migrantes, causando um sofrimento enorme e dispensável.”
MSF reitera a necessidade de uma melhoria rápida nos serviços do sistema de recepção para migrantes e solicitantes de asilo na Itália. Há uma séria necessidade de reforçar a assistência psicológica de saúde mental já existente, incluindo a contratação de profissionais treinados em psicologia intercultural. Também é urgentemente necessário monitorar adequadamente a qualidade das instalações.
MSF atua na Itália desde 1999 e atualmente concentra seus esforços na provisão de assistência psicológica para migrantes e solicitantes de asilo recém-chegados na parte sul do país, nos centros de recepção emergenciais de Trapani e outros pontos de desembarque, respondendo às suas necessidades básicas em Gorizia, e oferecendo reabilitação a sobreviventes de tortura em Roma. A organização também mantém equipes a bordo de três navios de busca e resgate no Mediterrâneo central.
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