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Impacto tem sido ainda maior para os refugiados que sofrem de doenças não transmissíveis
Em assentamentos informais na província de Irbid, no norte da Jordânia, refugiados sírios estão se preparando para o décimo inverno longe de sua terra natal. As tendas gastas e cobertas com lonas de plástico já foram uma solução temporária. Este ano, o inverno rigoroso e a pandemia de COVID-19 tornaram suas condições de vida ainda mais desafiadoras e seus encargos financeiros cada vez mais difíceis de arcar.
A região de Hawara, uma área rural em Irbid, onde vivem muitos refugiados sírios, é uma das áreas atendidas pelas equipes de visita domiciliar de Médicos Sem Fronteiras (MSF). As equipes fazem parte do projeto contra doenças não transmissíveis (DNTs), que funciona na Jordânia desde 2014.
Todos os anos, o inverno nesta região traz problemas para os refugiados que vivem em condições precárias. As crianças ficam expostas ao frio e ao risco de queimaduras graves causadas pelos aquecedores a gás básicos que as famílias utilizam.
“Mesmo que existam aquecedores, eles ainda são primitivos e caros. Se algumas famílias conseguem garantir um cilindro de gás para ficarem aquecidas, [muitas vezes] eles são roubados. Além disso, os aquecedores produzem fumaça e fogo, e não há hospitais próximos”, disse Khalid, refugiado sírio e pai de sete filhos.
Em frente às suas tendas, os filhos de Khalid brincam com os filhos do vizinho, correndo felizes e pulando descalços, sem saber das preocupações de seus pais com as complicações que vêm com o inverno. “Não importa o que façamos, a chuva entra nas barracas e ficamos envoltos em lama, colocando a água para fora com as nossas próprias mãos”, diz Khalid.
A chegada da COVID-19 teve um impacto significativo na vida dos refugiados sírios em Hawara. A maioria dos refugiados na região trabalha como diarista em fazendas locais. No entanto, um bloqueio de quatro dias em meados de novembro, posto em prática para conter a propagação do vírus, resultou na perda da modesta renda diária de muitos deles, que é cerca de 4-5 JOD (US$ 5-7).
Muitos refugiados sírios nesta região sofrem de doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes, hipertensão, problemas respiratórios e doenças cardíacas, que exigem medicação e acompanhamento a longo prazo. Para aqueles que vivem com DNTs, o impacto da pandemia tem sido maior, pois a situação econômica se tornou ainda mais difícil e eles são mais vulneráveis a complicações de saúde caso contraiam a COVID-19.
Em resposta às doenças crônicas e às necessidades médicas de refugiados sírios e jordanianos vulneráveis, MSF abriu um projeto de DNTs no norte da Jordânia em 2014. O projeto oferece tratamento médico gratuito e consultas de acompanhamento. Desde dezembro, 3.699 pacientes estão recebendo cuidados vitais por meio do projeto.
“Muitos pacientes com DNTs enfrentam dificuldades financeiras, que também afetam sua saúde mental”, disse Ali Abo Saqer, supervisor da equipe de enfermagem de MSF em Irbid.
As equipes de atendimento domiciliar de MSF estendem esses serviços essenciais de atenção às DNTs aos pacientes que não podem visitar as clínicas devido às restrições de mobilidade e à gravidade de sua doença. As equipes prestam uma variedade de serviços, incluindo apoio psicossocial, fisioterapia e sessões de sensibilização para a saúde.
“Ampliar o conhecimento do paciente sobre as DNTs pode salvar sua vida. Realizamos sessões de conscientização para ampliar seus conhecimentos sobre as diferentes doenças e ensiná-los as melhores práticas diárias que podem seguir”, diz Amani Al-Qawasmi, promotora de saúde de MSF em Irbid.
MSF adaptou suas atividades médicas durante a pandemia de COVID-19 para assegurar o tratamento médico e o acompanhamento clínico dos pacientes com DNTs inscritos no projeto. As equipes de MSF estão seguindo medidas rígidas de prevenção e controle de infecções ao fornecer cuidados médicos aos pacientes. As equipes médicas procuram atender os pacientes por telefone, mas, quando a necessidade do paciente torna necessário, as equipes também fazem atendimentos domiciliares e consultas no ambulatório.
“Recebi conselhos úteis em caso de alguma recaída – usava o concentrador de oxigênio 16 horas por dia, mas agora uso apenas por duas horas. Consigo andar novamente; apenas curtas distâncias de cada vez”, diz Abu Madian, paciente de 51 anos inscrito no serviço de atendimento domiciliar de MSF.
Desde dezembro de 2020, equipes de MSF forneceram 16.512 consultas médicas e distribuíram medicamentos para tratamento de doenças crônicas a mais de 5 mil pacientes, tanto refugiados sírios quanto jordanianos vulneráveis, enquanto as equipes de atendimento domiciliar realizaram 1.845 visitas. Além disso, MSF forneceu apoio psicossocial a 1.521 pacientes na província de Irbid. MSF construiu recentemente um centro de tratamento de COVID-19 com 30 leitos no campo de refugiados de Zaatari para o tratamento de pacientes de COVID-19 com sintomas leves a moderados, em colaboração com o Ministério da Saúde da Jordânia, o ACNUR e outras organizações que respondem à pandemia no local.
MSF trabalha na Jordânia desde 2006, administrando um hospital de cirurgia reconstrutiva em Amã, que continua a admitir pacientes de toda a região, e um centro de tratamento de COVID-19 recém-inaugurado com 40 leitos. MSF também fez doações e ofereceu treinamento para a Jordan Medical Association.
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