Lago Chade: não há para onde ir

Refugiados e deslocados internos ainda sofrem com fome e violência

Lago Chade: não há para onde ir

Aisha tem oito filhos. “Quando o Boko Haram atacou nosso vilarejo e decidimos deixar nossa casa, eu carreguei meu filho de três meses nas costas. Andamos por três dias antes de chegar a esta região. Estamos no deserto e sem possibilidade de cultivar nada. É muito frio à noite e à nossa volta só há areia e vento. Em Mbodoukafi, a ilha em que estávamos vivendo, as pessoas pescavam, criavam animais e plantavam.”

Ainda que a violência e o número de pessoas fugindo tenham diminuído, muitos dos que se estabeleceram na região do Lago Chade perderam todos os seus pertences e fontes de sustento.

MSF começou a atuar na região do Lago Chade em 2014 e, atualmente, está presente em várias localidades de Nigéria, Camarões, Níger e Chade. Junto com os ministérios da saúde locais, a organização está oferecendo serviços vitais, como cuidados de saúde primária, assistência psicológica, tratamento para feridos e vítimas da violência, entre outros. MSF conta com 1.223 profissionais em seus projetos na região.

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