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MSF faz um alerta para o uso de agentes humanitários para atender a interesses políticos e militares
A incursão de agentes militares e políticos no setor de atividades humanitárias coloca em risco a provisão de ajuda humanitária no Mali. Essa é a principal conclusão de um relatório divulgado hoje pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), que analisa a perigosa e contínua instrumentalização de ajuda humanitária que vem acontecendo no país.
Apesar do acordo de paz assinado em 2015 entre o governo malinês e alguns grupos insurgentes, o conflito continua ativo em diversas áreas do norte do país. A insegurança que limita a presença de agentes humanitários e a falta de presença do Estado nessas regiões resultaram na limitação do acesso da população a serviços básicos, especialmente no que diz respeito a cuidados de saúde. Infelizmente, as ameaças de segurança a agentes humanitários ainda foram agravadas pelo risco de confusão entre eles e os agentes militares.
Hoje, há três operações militares estrangeiras em curso no Mali: a Missão Multidimensional Integrada para Estabilização das Nações Unidas (Minusma, na sigla em inglês), a missão da União Europeia na região de Sahel e a operação militar francesa Barkhane, todas em apoio ao governo e suas forças e em oposição a alguns grupos armados. Muitos grupos armados estão lutando contra essas operações no país. De fato, a missão da ONU no Mali é uma das mais atacadas na história da organização.
A resposta militar estrangeira é estruturada com base em três lógicas diferentes: a integração de todos os objetivos (políticos, militares, econômicos e humanitários) em uma só agenda; a estabilização do contexto para ajudar o governo malinês a ampliar sua legitimidade; e a luta contra o terrorismo. A união dessas três lógicas pode ter um grande impacto sobre a atuação humanitária, que pode ser confundida pela população e por outros atores como sendo parte do conflito.
De acordo com o relatório publicado hoje por MSF, há quatro principais riscos para a ação humanitária no Mali. Primeiramente, há o risco de a assistência ser percebida pela população como um apoio à agenda política do governo. Em segundo lugar, a ajuda humanitária pode vir a ser rejeitada pela população e pelos grupos de oposição a tal agenda política. O terceiro risco, em consequência do anterior, é de as organizações humanitárias serem atacadas se forem identificadas como ferramenta do inimigo. O uso de escoltas armadas por parte de agentes humanitários e de veículos civis por militares – práticas comuns no Mali – pode aumentar a probabilidade desses ataques. Por fim, há o risco de não ser possível implementar ações essenciais de ajuda humanitária na escala adequada devido aos outros três riscos, o que agravaria as necessidades da população que seria assistida.
“O acesso às populações mais vulneráveis tem sido um grande desafio para agentes humanitários desde o início do conflito armado. Contudo, a ajuda humanitária no Mali não encontrou uma maneira consistente de reagir efetivamente às dinâmicas políticas e militares que subordinam sua atuação aos próprios interesses, colocando organizações humanitárias e todo seu trabalho em risco. Não podemos nos resignar diante dessa realidade”, explica Mari Carmen Viñoles, gerente de projeto de MSF para o Sahel. “Apesar das dificuldades, a ação humanitária ainda é possível e viável hoje no Mali, e nós temos que trabalhar para mantê-la dessa forma”.
MSF no norte do Mali
MSF trabalha no norte do Mali desde 2012, oferecendo cuidados médicos às populações afetadas pelo conflito armado. Atualmente, a organização trabalha no distrito de Ansongo, na região de Gao, apoiando um hospital de referência de 48 leitos e outro centro de saúde local. MSF também trabalha nas áreas rurais do distrito, organizando a transferência de pacientes e oferecendo cuidados de saúde primários e sazonais à população nômade. Na região de Kidal, no norte de Gao, MSF apoia dois centros de saúde na cidade de Kidal e outras três instalações na periferia.
Emergência
O relatório “Perilous terrain: Humanitarian action at risk in Mali” (“Terreno perigoso: ação humanitária em risco no Mali”, em tradução livre para o português) é parte do projeto de MSF chamado “Emergency Gap” (“Lacunas de emergência”, em tradução livre para o português), que visa analisar a ausência de respostas de emergência eficazes e significativas durante a fase mais crítica do conflito armado, em um momento de níveis crescentes de necessidades e crises humanitárias. Para ler o relatório (disponível em inglês), acesse: http://arhp.msf.es
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