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Entrevista com Côme Niyomgabo, coordenador de projetos de MSF no Mali, sobre a situação humanitária no norte do país
Qual é a situação atual no norte do Mali?
O norte do Mali enfrenta uma crise séria desde 2012. Apesar de inicialmente a crise ter sido causada por demandas por independência, com o tempo ela assumiu outras formas: um movimento pró-independência, mas também religioso, uma batalha pelo controle das rotas de tráfico, e a exploração de comunidades em um cenário de recursos limitados e criminalidade.
Embora não tenha havido um progresso significativo depois da assinatura do acordo de paz de Argel, há um ano, os poucos resultados obtidos podem ser abalados pelos novos confrontos entre diferentes grupos. Desde 21 de julho deste ano, choques violentos vêm acontecendo na região de Kidal, no extremo norte do país, deixando mais de 50 pessoas mortas e 82 feridas. Uma semana antes das hostilidades, manifestações na cidade de Gao terminaram em tumultos que causaram algumas mortes e deixaram cerca de 30 feridos. Esses acontecimentos refletem em parte a exasperação da população que, apesar dos acordos de paz, não viu nenhuma melhora significativa na vida diária.
Enquanto isso, atos de criminalidade contra organizações humanitárias continuam ocorrendo. A situação afeta seriamente a mobilização da assistência humanitária, já que conflitos entre grupos armados e o aumento da criminalidade impedem e limitam o acesso de trabalhadores humanitários à população.
Quais são as principais necessidades da população?
Acesso a cuidados de saúde; problemas relacionados à insegurança alimentar, como a desnutrição; acesso a água e abrigo: esses são as principais necessidades humanitárias nessas regiões.
As regiões no norte do país saíram até certo ponto do controle do Estado e o sistema de saúde entrou em colapso depois do conflito. Também há algumas populações particularmente vulneráveis, para as quais o acesso a serviços de saúde é muito difícil. Em Kidal, por exemplo, e também no norte de Ansongo, em Gao, a população é nômade e passa alguns meses do ano em pastagens onde o acesso a cuidados de saúde é inexistente.
O que MSF está fazendo no norte do Mali?
MSF trabalha no distrito de Ansongo, na região de Gao, desde o início da crise, em 2012, e em Kidal desde 2015. Essas áreas estão entre as mais afetadas pelo conflito no Mali. MSF continua oferecendo atendimento de saúde gratuito e de qualidade para as populações afetadas pelo conflito armado, e concentra seus esforços em oferecer cuidados médicos às vítimas do conflito (pessoas feridas e deslocadas), tratando doenças comumente encontradas em serviços de saúde primários e secundários e prevenindo doenças infantis mortais por meio de campanhas de vacinação e da qumioprevenção sazonal da malária, além de responder a emergências.
Em Ansongo, estamos apoiando o hospital de referência (consultas, internações de crianças e adultos, cuidados de saúde materna, nutrição e cirurgia) e também garantimos transferências entre o hospital e várias instalações de saúde localizadas nas áreas rurais próximas.
Também lançamos um programa para o período entre setembro e dezembro, especificamente destinado a atender crianças com menos de 5 anos de idade e mulheres nômades grávidas, que se locomovem pela região durante essa época do ano. As populações dessas regiões frequentemente precisam viajar distâncias muito longas (normalmente de mais de 50 km) antes de terem qualquer contato com algum profissional de saúde, e os mecanismos habituais de sobrevivência da população foram enfraquecidos por mais de cinco anos de conflitos armados.
Além disso, começamos a realizar a quimioprevenção sazonal da malária na área de Ansongo, com o objetivo de proteger crianças durante os meses de pico da doença. Também planejamos implementar essa mesma estratégia em Kidal, embora esse plano ainda esteja em espera por razões de segurança.
Quais as atividades de MSF em Kidal?
O governo de Bamako não está presente na região de Kidal. Pouquíssimas organizações humanitárias estão trabalhando na área devido à instabilidade. A retomada dos conflitos complica mais ainda a situação. Porém, desde 2015 trabalhamos em Kidal para apoiar dois centros de saúde na cidade de Kidal e vários outros nas áreas rurais, em cooperação com uma organização local chamada SOLISA (Solidarité pour le Sahel em francês; Solidariedade para o Sahel, em tradução livre).
Além de Gao e Kidal, MSF está trabalhando em Timbuktu, também no norte do Mali, e Sikasso, no sul.
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