Mali: mais uma vez, MSF pede respeito à população civil

Envolvidos nos conflitos no norte do país devem facilitar o acesso irrestrito dos civis a cuidados de saúde

Após violentos confrontos em Timbuktu nos dias 30 e 31 de março, equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) atuando no hospital da cidade trataram 21 pessoas feridas, incluindo 11 civis, dos quais dois morreram.

Embates esporádicos entre soldados e grupos armados impedem que os habitantes de Timbuktu desloquem-se pela cidade e há registros de pessoas que morreram porque não puderam acessar as instalações de saúde para tratar seus ferimentos em meio à violência. MSF pede que todos os envolvidos no conflito respeitem as populações civis e facilitem seu acesso às instalações médicas.

Há mais de um ano, equipes de MSF estão oferecendo cuidados médicos, incluindo cirurgia, a pacientes e pessoas feriadas de todos os lados do conflito. Nos últimos meses, MSF admitiu aproximadamente 40 pacientes e realizou uma média de 15 operações por semana no hospital de Timbuktu.

Além do trabalho sendo realizado em Timbuktu, MSF está tratando casos de desnutrição e malária em quatro centros de saúde do distrito e no hospital de Niafoukné. Para responder às necessidades médicas relacionadas ao conflito no norte do país, MSF está atuando em Gao, Ansongo, Douentza, Konna e Boré e levando assistência aos refugiados malineses na Mauritânia, no Níger e em Burkina Faso. MSF também está oferecendo cuidados pediátricos em um hospital e em cinco centros de tratamento no distrito de Koutiala, no sul do Mali.

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