Médicos Sem Fronteiras alerta para gravidade da epidemia de Ebola

OMS decidiu não declarar situação de emergência internacional de saúde pública

Médicos Sem Fronteiras alerta para gravidade da epidemia de Ebola

A organização Médicos Sem Fronteira (MSF) manifestou nesta sexta-feira, 12 de abril, preocupação com o crescimento de casos da epidemia de Ebola na República Democrática do Congo. O comunicado foi feito depois da realização de encontro da Organização Mundial da Saúde (OMS) no qual um grupo de especialistas decidiu não declarar a epidemia como uma emergência internacional de saúde pública (PHEIC, na sigla em inglês).

A epidemia de Ebola, iniciada em agosto de 2018, já é a segunda maior da história. Mais de 1.200 pessoas foram infectadas, com 760 mortes.

“Qualquer que seja a classificação oficial desta epidemia, está claro que ela não está sob controle, e por isso necessitamos aprimorar nossos esforços coletivos. Até agora, o vírus não se alastrou para países vizinhos, mas a possibilidade existe. O que mais importa agora, se queremos controlar essa epidemia, é mudar a maneira como estamos lidando com ela. Precisamos adaptar nosso trabalho às necessidades e expectativas da população, para integrar as ações relacionadas ao Ebola ao sistema de saúde local, interagir de maneira efetiva com as comunidades e avaliar a realização de mais vacinações, que tem demonstrado resultados promissores, para fortalecer o trabalho de prevenção. As escolhas sobre como lidar com a doença devem voltar a ser da competência de pacientes e suas famílias – permitindo, por exemplo, que as pessoas busquem cuidados de saúde nos seus centros de saúde locais em vez de nos Centros de Tratamento de Ebola. Nós devemos isso a nossos pacientes.”

Gwenola Seroux, gerente de emergências de Médicos Sem Fronteiras

Informações adicionais: Mais de oito meses depois do início da última epidemia de Ebola na República Democrática do Congo (RDC), a situação é alarmante. O número de novos casos notificados aumentou de significativamente nas últimas semanas. Na semana passada, 40% dos novos casos se referiam a pessoas que morreram em suas comunidades, antes que pudessem ser identificados como pacientes de Ebola e recebido oferta de cuidados médicos.

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