MSF e DNDi fazem ato público pelo Centenário de Chagas

Nesta quinta, às 13h, no Posto 6 da praia de Copacabana as duas organizações lançam campanha internacional sobre a doença

Nesta quinta-feira, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a organização Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) realizam um ato público no posto seis da Praia de Copacabana, às 13h, para lançar sua campanha internacional “Chagas: é hora de romper o silêncio”. Realizado no dia de nascimento de Carlos Chagas, descobridor da doença, o evento contará com um bolo gigante com 100 velas representando o centenário de descoberta do mal, além de tambores marcando o ritmo do coração, principal órgão afetado pela doença. Além disso, será montado um jogo interativo em que os participantes podem aprender mais sobre Chagas e suas conseqüências.

O objetivo é chamar a atenção dos governos dos países endêmicos para os pacientes da doença, pedindo para que invistam no diagnóstico e no tratamento dessas pessoas em vez de se concentrar somente no controle vetorial. Estima-se que existam três milhões de pessoas vivendo com Chagas hoje no Brasil e quase 100 milhões estejam expostas a ela na América Latina. No mundo, cerca de 14 mil pacientes morrem por ano da doença e acredita-se que haja entre 10 e 15 milhões de pessoas infectadas.

Os dois únicos medicamentos existentes para a doença, no entanto, foram desenvolvidos há mais de 35 anos. Sendo assim, outra reivindicação das duas organizações é a inclusão de Chagas nas agendas política e nos programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Por ser muito associada à pobreza, a doença tem sido negligenciada há anos.

MSF e DNDi convidam todos a participar do ato público para defender a criação de melhores estratégias de combate à doença de Chagas. Não deixe a doença de Chagas ficar esquecida por mais 100 anos.

Partilhar