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Em Batangafo, na República Centro-Africana, as equipas da MSF enfrentam estradas difíceis, rios e floresta densa para chegar às aldeias mais isoladas. O objetivo é simples, mas vital: vacinar crianças contra doenças preveníveis
Em Batangafo, na prefeitura de Ouham-Fafa, na República Centro-Africana (RCA), a Médicos Sem Fronteiras (MSF) colabora com o Ministério da Saúde e População para realizar campanhas de vacinação de rotina e de recuperação. Apesar dos grandes desafios logísticos e de segurança, as equipas conseguem alcançar as crianças mais isoladas que vivem em zonas remotas e de difícil acesso, de forma a garantir a proteção delas contra doenças facilmente preveníveis através da vacinação.
Numa manhã de julho, sob um céu nublado que prenuncia chuvas intensas, a equipa da MSF em Batangafo prepara-se para uma nova tarefa: vacinar crianças entre 0 e 5 anos na aldeia de Mala, situada a 25 quilómetros do hospital distrital onde a MSF tem prestado apoio nos últimos 19 anos. Esta atividade especial, numa zona remota e de difícil acesso, mobiliza motociclistas, pessoal logístico e médico, todos equipados com material de proteção rodoviária para transportar as provisões médicas necessárias para a vacinação.
Após uma rigorosa reunião de segurança, a equipa parte e em breve atravessa o rio Fafa numa canoa – a única forma de chegar com as motas e equipamentos à outra margem. O comboio segue depois por trilhos estreitos de floresta até chegar a Mala. Devido aos esforços dos educadores comunitários e às atividades de sensibilização prévias, as famílias já estão reunidas com os filhos.
“Durante as sessões de sensibilização sobre vacinação, disseram-nos que existem vários tipos de vacinas, como contra a poliomielite e a malária”, explica Cynthia, mãe de cinco crianças.
Desde novembro de 2024, a MSF integrou na campanha de Batangafo a nova vacina contra a malária adotada pela RCA – conhecida como R21/Matrix-M. Esta vacina é uma ferramenta essencial de prevenção, sobretudo durante a época das chuvas e os períodos de maior transmissão da malária.
Na República Centro-Africana, as taxas de cobertura vacinal estão entre as mais baixas da África Central. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em 2024 apenas 16 por cento das crianças tinham completado o esquema vacinal completo, enquanto 34 por cento nunca tinham recebido qualquer vacina.
No distrito sanitário de Batangafo, a MSF, em colaboração com o Ministério, realiza regularmente atividades de vacinação de rotina e de recuperação para proteger as crianças que vivem nas zonas mais remotas, frequentemente excluídas das campanhas nacionais do Programa Alargado de Vacinação.
Entre janeiro e julho de 2025, foram vacinadas 13 560 crianças, que receberam doses contra doenças infantis facilmente preveníveis, como o sarampo, a poliomielite, a difteria, o tétano e a malária.
“As nossas equipas trabalham em estreita colaboração com as autoridades de saúde, e seguem os protocolos nacionais. Organizamos ações de vacinação de recuperação em percursos pré-definidos para garantir que todas as aldeias são abrangidas. A mobilização comunitária prévia é fundamental para maximizar o impacto”, relata o coordenador médico da MSF na RCA, Alexandre Monnan.
A mobilização comunitária prévia é fundamental para maximizar o impacto.” – Alexandre Monnan, coordenador médico da MSF na RCA
A mobilização comunitária prévia é fundamental para maximizar o impacto.”
– Alexandre Monnan, coordenador médico da MSF na RCA
Atividades de vacinação como as que são levadas a cabo pela MSF em Batangafo são vitais não apenas para proteger as crianças, mas também para limitar surtos de sarampo, poliomielite e difteria – que estão a reaparecer de forma preocupante.
Os esforços da MSF decorrem num contexto nacional particularmente tenso. A insegurança crónica, a fraca infraestrutura de saúde, a escassez de profissionais médicos qualificados e o isolamento geográfico de muitas comunidades limitam o acesso aos cuidados de saúde preventivos.
A situação agravou-se após a suspensão do financiamento da USAID decretado pelos Estados Unidos, em 2025. Ao mesmo tempo, vários doadores internacionais reduziram os compromissos para com a RCA, o que impactou diretamente a capacidade do sistema de responder às necessidades básicas da população. Segundo o Plano de Resposta Humanitária da ONU para 2025, 2,4 milhões de pessoas – 37,5 por cento da população – encontram-se em situação de extrema vulnerabilidade em 2025, a tal ponto que a assistência humanitária, por si só, não será suficiente para restaurar o bem-estar destas pessoas.
Em 2024, 242 500 crianças foram vacinadas por causa dos esforços conjuntos com as autoridades de saúde – uma conquista que contribuiu significativamente para prevenir doenças infantis e reduzir a mortalidade infantil na RCA.
A MSF continuará a levar a cabo estas atividades essenciais para proteger a saúde de pessoas em vulnerabilidade e insta todos os parceiros a mobilizarem-se e garantirem os recursos necessários para salvaguardar a vida das crianças.
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