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Desaceleração econômica e aumento do desemprego causados pela COVID-19 fazem com que muitos estejam vivendo sem casa pela primeira vez
Seis meses após o início da crise da COVID-19, Hong Kong está enfrentando a terceira onda de contaminação pelo vírus. Para piorar a situação, o número de pessoas em situação de rua aumentou por conta da desaceleração econômica, do crescimento da taxa de desemprego e com o fechamento de instalações e serviços públicos como parte das medidas de proteção contra o avanço da doença.
Desde junho, MSF fornece abrigo de emergência e assistência médica gratuita para essa população. Avaliamos que o número de pessoas em situação de rua aumentos 50% no distrito de Tsim Sha Tsui em um mês, especialmente após a suspensão obrigatória dos serviços de refeições. Alguns dormem pela primeira vez na rua, após terem perdido o emprego por conta da pandemia.
MSF está atuando na resposta à COVID-19 em Hong Kong desde o fim de janeiro. No começo, desenvolvemos atividades de educação em saúde com as comunidades mais vulneráveis. Também apoiamos uma ONG local, a ImpactHK, desde junho, no fornecimento de abrigo temporário, distribuição de alimentos e outros serviços essenciais, incluindo consultas e encaminhamentos médicos gratuitos ao sistema de saúde.
“MSF está extremamente preocupado com a forma como o COVID-19 pode afetar as pessoas que vivem em situação já precária”, diz Lucy Lau, coordenadora de campo de MSF em Hong Kong. “Durante uma visita à população em situação de rua em Tsim Sha Tsui na semana passada, vimos que o número de pessoas que vivem nas ruas aumentou de 35 para 55 indivíduos, em comparação com o que vimos em junho. Percebemos também que alguns deles estão na casa dos 30 anos de idade, e são relativamente jovens se compararmos ao que vimos no passado, que geralmente tinham 50 anos. Alguns deles estão desempregados há meses por causa do surto e é a primeira vez que dormem nas ruas. O fechamento de banheiros públicos e de abrigos para dormir e a suspensão de serviços de alimentação os afetaram particularmente. Sem acesso a instalações e recursos essenciais, pode ser difícil para eles cuidar da higiene adequada e realizar as medidas preventivas, o que aumenta o risco de contaminação pela COVID-19.”
Apelidada como ‘Caminhada da Bondade’, a equipe de MSF, juntamente com os voluntários do ImpactHK, vai até Tsim Sha Tsui todas as noites de terça e quinta-feira para visitar as pessoas em situação de rua. Há distribuição de comida, água potável e kits de higiene, contendo máscaras e desinfetantes para as mãos. Nossos assistentes sociais providenciam abrigo e assistência médica quando necessário.
“O aumento da falta de moradia colocou pressão adicional sobre prestadores de serviços e organizações locais, como ImpactHK. A capacidade dos seus serviços atingiu o limite. Portanto, MSF está apoiando. Em um mês, realizamos 27 consultas médicas e organizamos abrigos temporários para 15 pessoas vulneráveis ”, acrescenta Lucy Lau.
Uma das pessoas que foram ajudadas é Miyako (pseudônimo), de 29 anos de idade. Ela dormiu na rua por vários anos e restaurantes de fast food eram sua “casa” desde o início de 2020. Ela costumava ir a um restaurante por volta das 21h e sair às 6h antes de o gerente chegar. Até que um dia em julho, ela ouviu falar dos serviços prestados por MSF e ImpactHK e pediu ajuda.
“Se eu não tivesse o abrigo temporário fornecido por MSF, teria que dormir na rua. O risco de contrair COVID-19 seria maior. Também seria impossível para mim pagar despesas médicas. Agora, estou morando no albergue organizado por MSF, onde me sinto segura e posso me concentrar em encontrar emprego”, disse ela. “Todos têm suas próprias dificuldades. Você pode ter um problema de saúde, pode estar desempregado, mas com ajuda tenho certeza de que todos podemos superar isso.”
“Ninguém deve ser negligenciado durante uma pandemia. Qualquer caso isolado pode causar um surto, se nenhuma medida preventiva estiver sendo tomada. Precisamos reduzir o risco à saúde pública na comunidade”, avalia Eliza Chang, enfermeira de MSF e experiente em prevenção e controle de infecções. “Pessoas que estão na rua têm maior dificuldade em realizar medidas preventivas e encontram obstáculos no acesso aos cuidados médicos. É muito importante que elas estejam informadas sobre as medidas de proteção e que possamos ajudá-los a se protegerem.”
Nossa equipe tem procurado grupos vulneráveis da sociedade e conduzido mais de 32 oficinas presenciais de educação em saúde e saúde mental. O foco principal está nos grupos que têm menos acesso a informações médicas importantes, como limpadores de ruas, ajudantes domésticos, deficientes visuais, refugiados e solicitantes de asilo, e aqueles que são mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças graves se estiverem contaminados, como os idosos.
Além de compartilharmos informações médicas atualizadas e baseadas em evidências, também ouvimos e respondemos a muitas perguntas que o surto gerou. De nossa longa experiência em servir pessoas em situações de crise, sabemos que exposição prolongada à incerteza pode causar tensões e ansiedades. Portanto, realizamos oficinas para ajudar as pessoas a lidar com esses sintomas e criamos um site para o público em geral, oferecendo dicas e ferramentas para ajudar a lidar com essas tensões e preocupações.
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