A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
Veja as principais atualidades sobre as atividades da Médicos Sem Fronteiras.
Saiba mais sobre os nossos projetos no terreno e as nossas atividades em todo o mundo.
Assista aos vídeos sobre o trabalho da Médicos Sem Fronteiras em diversos projetos pelo mundo.
Ouça as histórias e as experiências vividas por quem está nas linhas da frente das emergências humanitárias.
O que vemos e registamos sobre o trabalho das nossas equipas e as populações que apoiamos.
Participe nos nossos eventos, online ou presenciais, para apoiar e saber mais sobre o nosso trabalho.
Profissionais portugueses contam as experiências nos diversos projetos da MSF.
Pode ajudar a MSF de várias formas, fazendo donativos, divulgando o trabalho e angariando fundos para a concretização dos projetos.
O seu donativo faz a diferença, ajuda-nos a levar cuidados médicos a quem mais precisa.
Faça a consignação do seu IRS à Médicos Sem Fronteiras e ajude-nos a salvar vidas!
A MSF depende inteiramente de donativos privados para fazer chegar assistência médica-humanitária a quem mais precisa.
Procuramos novas formas de chegar a cada vez mais pessoas, com o objetivo de envolvê-las com a nossa missão.
Faça do seu testamento, um testamento solidário incluindo a Médicos Sem Fronteiras.
A sua empresa pode fazer a diferença. Juntos podemos fazer ainda mais.
Se tem uma multa ou uma contra-ordenação, saiba que pode fazer o pagamento à Médicos Sem Fronteiras Portugal.
O terramoto atingiu um país já assolado por várias crises de saúde e por conflitos, o que agrava ainda mais os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas
A 28 de março de 2025, um poderoso terramoto de magnitude 7,7 abalou o centro de Myanmar e devastou as regiões de Mandalay, Naypyidaw, Sagaing e o Estado de Shan. A 8 de abril, os números oficiais indicavam mais de 3.600 mortos, mais de 5.000 feridos e cerca de 17 milhões de pessoas afetadas — muitas delas gravemente. As infraestruturas essenciais, como hospitais, estradas e sistemas de abastecimento de água, sofreram danos significativos, enquanto as interrupções nas telecomunicações continuam a dificultar os esforços de assistência.
O terramoto atingiu um país já assolado por várias crises de saúde e por conflitos, o que agrava ainda mais os desafios enfrentados pelas comunidades afetadas. A escassez de recursos, pessoal e provisões deixou algumas instalações sobrecarregadas e com dificuldades em responder às crescentes necessidades de saúde.
Imediatamente após o desastre, a Médicos Sem Fronteiras (MSF) reafirmou o compromisso e capacidade para fornecer assistência médica de emergência em larga escala em todas as áreas afetadas. A resposta da MSF tem sido prioritária nas cidades mais atingidas e atualmente acessíveis, como Mandalay e Naypyidaw, embora persistam sérias preocupações relativamente às populações em áreas mais remotas e de difícil acesso, como Sagaing.
As equipas relataram uma destruição generalizada. Muitos residentes continuam ao ar livre, com receio de réplicas, enquanto mosteiros abriram as portas para acolher famílias deslocadas, e as comunidades locais têm demonstrado uma solidariedade notável.
Nas cidades mais afetadas, os danos nas infraestruturas interromperam serviços essenciais como o abastecimento de água, eletricidade e saneamento, o que afetou gravemente o funcionamento dos hospitais. Em alguns casos, os danos estruturais forçaram os profissionais de saúde a tratarem os pacientes no exterior, por receio de colapsos adicionais dos edifícios.
Em Naypyidaw e Mandalay, onde os sistemas hospitalares foram particularmente atingidos, a MSF realizou avaliações, forneceu materiais médicos e iniciou conversações com partes interessadas, como o Ministério da Saúde.
Em Mandalay, as equipas da MSF agiram rapidamente para melhorar as condições de água, saneamento e higiene nos hospitais danificados, instalando reservatórios de água e lavatórios adicionais. A gestão de resíduos foi reforçada com dezenas de contentores, e ventoinhas foram colocadas nos abrigos temporários para ajudar os pacientes a suportar o calor extremo — frequentemente superior a 40°C — enquanto aguardavam tratamento fora das instalações danificadas.
Simultaneamente, as equipas médicas móveis começaram a prestar consultas em abrigos improvisados, incluindo mosteiros, a tratar uma variedade de patologias, desde doenças comuns até doenças crónicas como diabetes e hipertensão. No Sul do Estado de Shan, essas equipas também distribuíram artigos não alimentares essenciais, restauraram fontes de água potável e continuaram as avaliações nas comunidades afetadas e deslocadas.
A saúde mental é uma parte fundamental da resposta da MSF. Em Mandalay, equipas compostas por profissionais treinados e estudantes voluntários têm visitado pacientes nas enfermarias de cirurgia, ortopedia e trauma dos hospitais locais, a prestar primeiros socorros psicológicos.
Estes esforços são essenciais num contexto em que os sobreviventes enfrentam níveis elevados de stress psicológico, tanto devido ao desastre como ao medo contínuo das réplicas — que ainda se fazem sentir — para além das consequências do conflito persistente que devasta várias partes do país.
Com a aproximação da época das chuvas, existe o risco acrescido de inundações e deslizamentos de terras, o que poderá agravar ainda mais os desafios de acesso, especialmente em zonas remotas. Esta época também aumenta significativamente a probabilidade de surtos de doenças transmitidas pela água, como a cólera, e de doenças como a malária ou a dengue. Isto deve-se à possível contaminação, por inundações, das já escassas fontes de água segura. Ações imediatas, como o reforço do fornecimento de água potável, criação de instalações sanitárias seguras, a distribuição de mosquiteiros e a promoção da higiene, são essenciais para mitigar estas ameaças adicionais.
Para responder às enormes necessidades, é crucial que a ajuda humanitária chegue a todas as áreas afetadas sem impedimentos, até mesmo as de difícil acesso. Um aumento significativo da ajuda e do acesso a cuidados de saúde em todas as zonas afetadas é urgentemente necessário para evitar consequências graves e prolongadas para as populações que enfrentam os danos deste terramoto.
Como parte da presença de longa data em Myanmar, desde a nossa primeira intervenção em 1992, a Médicos Sem Fronteiras reafirma a disponibilidade para prestar assistência médica humanitária de emergência onde for necessário, a apoiar as comunidades afetadas por conflitos, doenças e, agora, por um dos piores terramotos que atingiu a região nas últimas décadas.
Como a maioria dos websites, o nosso website coloca cookies – um pequeno ficheiro de texto – no browser do seu computador. Os cookies ajudam-nos a fazer o website funcionar como esperado, a recolher informações sobre a forma como utiliza o nosso website e a analisar o tráfego do site. Para mais informações, consulte a nossa Política de Cookies.