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O hidrocelo consiste no acumular anormal de líquido em redor dos testículos e a MSF providencia cuidados de saúde para melhorar a qualidade de vida dos pacientes
A Médicos Sem Fronteiras (MSF) está a providenciar tratamento cirúrgico para o hidrocelo, uma das complicações crónicas da filariose linfática, que é considerada uma doença tropical negligenciada (DTN), em colaboração com os Serviços Distritais de Saúde, Mulheres e Ação Social de Mogovolas e os Serviços Provinciais de Saúde de Nampula, no Norte de Moçambique.
Até à passada sexta-feira, 21 de julho, tinham sido identificados cerca de 600 pacientes para ser submetidos a um procedimento cirúrgico em Nampula, após consultas de medicina geral para avaliação do estado de saúde. Este procedimento representa uma esperança de mudança de vida para os pacientes que suportaram a dor e incapacidades, bem como a estigmatização social associada à filariose linfática.
Nas últimas semanas, os quatro primeiros pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos com sucesso.
O hidrocelo afeta principalmente adultos com mais de 45 anos. Não é uma doença maligna, mas consiste no acumular anormal de líquido em redor dos testículos, o que leva ao aumento do escroto e, possivelmente, à incapacidade física, afetando a qualidade de vida do paciente.
A MSF levou a cabo uma iniciativa de tratamento cirúrgico para reforçar a capacidade do sistema nacional de saúde em Moçambique na prevenção, diagnóstico e tratamento das DTN, como a filariose linfática, bilharziose e sarna, bem como doenças transmitidas por vetores e água, que têm uma grande prevalência e são agravadas por condições climáticas extremas.
Na primeira fase do processo de tratamento, os pacientes são identificados a nível comunitário pelos Agentes Polivalentes Elementares (APE), ou a partir de unidades sanitárias locais, onde são submetidos a análises clínicas para confirmar a presença do hidrocelo e garantir a elegibilidade para a fase seguinte de rastreio cirúrgico.
Em seguida, os pacientes são transportados para o Hospital Geral de Marrere, em Nampula, onde um anestesista os submete a um novo rastreio antes da cirurgia.
A coordenadora do projecto, Zélie Antier, destaca o impacto da doença na saúde e no bem-estar dos pacientes. “A filariose linfática traz consequências físicas [para a saúde], compromissos económicos e estigma social. Isso resulta não só em incapacidades a longo prazo, mas também afeta a saúde mental dos pacientes, pois a doença compromete a fertilidade, a mobilidade e várias capacidades”, explica.
Zélie Antier espera que a iniciativa cirúrgica aumente a consciencialização sobre a filariose linfática, bem como outras DTN, e que facilite a partilha de conhecimentos na província, com base na experiência da MSF. A grande esperança é de que, no futuro, surjam melhores medidas de tratamento e controlo das doenças tropicais negligenciadas.
Victorino Anacleto, de 52 anos, reside na comunidade de Muepane e é um dos primeiros pacientes com agendamento para tratamento cirúrgico após a fase final de avaliação, que incluiu uma avaliação por um anestesista. Anacleto está esperançoso: “Estou muito feliz por ter sido selecionado para a segunda fase da avaliação. Vou seguir as recomendações do médico para que possa beneficiar da cirurgia“, refere.
Cada cirurgia tem a duração de cerca de uma hora, realizando-se, geralmente, em regime ambulatório. Os pacientes necessitam de ficar hospitalizados por curtos períodos de tempo, devido à distância do hospital ao sítio onde moram, e recebem consultas semanais de acompanhamento após terem alta. A MSF providenciará cuidados gerais de saúde aos pacientes até que estejam recuperados.
Desde 2022 que a MSF tem colaborado com as autoridades de saúde moçambicanas para prevenir, diagnosticar e tratar as DTN no distrito de Mogovolas. As equipas móveis desempenham um papel fundamental na execução de atividades de saúde na área, promovendo melhores práticas, providenciando formação, orientação e material hospitalar essencial, para garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade.
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