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Zerar o número de casos será difícil, a menos que erros na resposta à emergência sejam corrigidos
A tendência à redução de novos casos está sendo reportada nos centros de tratamento de Ebola da organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa, com pouco mais de 50 pacientes em seus oito centros atualmente. Embora este seja um desenvolvimento promissor, MSF adverte que o arrefecimento da vigilância da epidemia neste momento comprometeria o progresso feito na luta contra ela.
“Esse declínio é uma oportunidade de concentrar esforços na abordagem das graves falhas que continuam presentes da resposta à emergência”, diz Brice de la Vingne, diretor de operações de MSF. “Nós estamos no caminho certo, mas chegar a zero casos será difícil, a menos que melhorias significativas sejam feitas no alerta de novos casos e no rastreamento de pessoas que estiveram em contato com pacientes infectados.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na semana passada que apenas cerca de metade dos novos casos da doença na Guiné e na Libéria são de pessoas que tiveram contato com o Ebola e já haviam sido identificadas, enquanto em Serra Leoa não há dados disponíveis. “Um único novo caso é o suficiente para reacender um surto”, continua Brice de la Vigne. “Até que todos os que tenham tido contato com Ebola sejam identificados, não podemos descansar .”
Quase não há informação compartilhada acerca do rastreamento de pessoas que tiveram contato com Ebola entre os três países mais afetados pela epidemia. “Com pessoas se movimentando frequentemente pelas fronteiras, é essencial que equipes de vigilância baseadas em cada país colaborem imediatamente, para que novos casos não sejam exportados para áreas consideradas livres do Ebola”, diz de Brice la Vingne. “Este é um problema regional, e não específico de cada país, mas não está sendo tratado como tal.”
Serra Leoa: número de casos são reduzidos, mas ainda há regiões críticasNas últimas duas semanas, casos de Ebola reportados em Serra Leoa foram reduzidos ao menor índice desde agosto. A situação parece estar melhorando rapidamente em áreas rurais e remotas, como no distrito de Kailahun, que costumava um ter alta incidência do vírus e onde MSF começou a trabalhar no fim de junho de 2014. A resposta integrada com uma ênfase precoce em promoção de saúde, rastreamento de contatos e monitoramento e um pequeno número de organizações trabalhando juntas contribuíram para o controle da doença nesse distrito, onde não tem havido novos casos desde o dia 12 de dezembro.
Apesar dos sinais encorajadores, algumas regiões permanecem com alta incidência do vírus, particularmente a capital do país, Freetown, na área rural ocidental e no distrito de Port Loko. O centro de tratamento de Ebola de MSF mais movimentado atualmente é o de Prince of Wales, em Freetown, com 30 pacientes desde 24 de janeiro. Conter a transmissão é particularmente difícil em regiões suburbanas e superpovoadas da capital, Freetown. Em outros lugares, o rastreamento dos contatos de pacientes de Ebola ainda não está sendo realizado de forma sistemática, na medida em que muitas pessoas estão sendo forçadas a ficarem de quarentena em suas casas, às vezes enfrentando escassez de alimentos ou água. Essas medidas de quarentena podem desencorajar famílias a procurar tratamento precoce para seus parentes doentes por medo de ficarem trancadas em suas casas.
“Uma batalha adicional é a paralisação do sistema público de saúde”, diz Karline Kleijer, coordenadora de emergência de MSF. “Um em cada dez profissionais de saúde do país morreram de Ebola, as instalações médicas estão em desordem e as pessoas com outras doenças não relacionadas com o Ebola lutam para conseguir o tratamento de que precisam.”
Na semana passada, equipes de MSF ofereceram 1,8 milhão de medicamentos antimalária em Freetown, a maior distribuição já feita em meio a um surto de Ebola.
Guiné: estigma e medo ainda são um problemaNa Guiné também se tem observado uma queda acentuada no número de novos casos; porém, 14 das 33 prefeituras do país ainda são consideradas como “ativas”. Novos casos parecem ser originários de áreas do país que foram previamente consideradas calmas, como Boké, Dabola e Siguiri.
Assim como a vigilância, as atividades de promoção de saúde e mobilização social são insuficientes e estão falhando em conseguir progressos significativos hoje na Guiné. “Profissionais de saúde e sobreviventes são estigmatizados, pessoas ainda estão relutantes em buscar cuidados e os centros de tratamento de Ebola, às vezes, despertam suspeita e medo”, diz Henry Gray, coordenador de emergência de MSF.
Atualmente, MSF está operando dois centros de tratamento de Ebola na Guiné, além de conduzir atividades de vigilância, mobilização social e treinamentos sobre controle de infecção. Uma equipe de resposta rápida está a postos para atender às necessidades que possam surgir.
Libéria: reabertura segura do sistema público de saúde é prioridade urgenteA Libéria é o país onde o número de casos de Ebola sofreu a maior redução, com apenas cinco casos confirmados reportados atualmente no país. No dia 17 de janeiro, pela primeira vez desde que foi inaugurado, não havia pacientes de Ebola no centro de tratamento ELWA 3, de MSF, em Monróvia; hoje, há apenas dois.
O sistema público de saúde da Libéria que já era fraco foi seriamente prejudicado pela epidemia, com o fechamento de muitos hospitais. Embora alguns estejam começando a reabrir, o controle da infecção é crucial para mitigar o risco de Ebola e restaurar a confiança do público no sistema de saúde. Em resposta, MSF apoia 13 centros de saúde com prevenção e controle de infecção, e está abrindo um hospital pediátrico com cem leitos em Monróvia.
Uma equipe de resposta rápida de MSF também está operando clínicas móveis, treinando profissionais de saúde locais no controle de infecção e triagem, e preenchendo lacunas em cuidados de saúde primária. Entre outubro e dezembro, MSF distribuiu medicamentos antimalária para quase 600 mil pessoas em Monróvia, para reduzir o impacto das infecções da doença.
Atualmente, MSF administra oito centros de tratamento de Ebola em Serra Leoa, na Guiné e na Libéria. Equipes de resposta rápida estão nesses locais prontas para cuidar de casos emergentes, enquanto outras equipes da organização também estão conduzindo vigilâncias, mobilizações sociais e treinamentos no controle da infecção em centros de saúde. Desde que o surto começou, MSF tratou de quase 5 mil pacientes, cerca de 25% de todos os casos declarados. Além disso, a organização está atualmente envolvida em dois testes clínicos de tratamentos experimentais em conjunto com a Universidade de Oxford, na Libéria, e com o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), na Guiné. Mais de 4 mil profissionais de MSF estão trabalhando pelos três países.
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