MSF reúne estudantes e profissionais em seminário de jornalismo em Salvador

Mais de 60 pessoas assistiram à primeira atividade do evento Conexões MSF Salvador

MSF reúne estudantes e profissionais em seminário de jornalismo em Salvador

A ajuda humanitária esteve em pauta durante o primeiro dia do Conexões MSF em Salvador. Mais de 60 pessoas, entre profissionais e estudantes de Comunicação, participaram do seminário de jornalismo promovido pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) sobre a cobertura de conflitos armados, desastres naturais e epidemias, no dia 27 de maio, na Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

Chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos é uma das missões de MSF. Nesse sentido, o seminário buscou debater e evidenciar meios de impulsionar a produção de conteúdo sobre crises humanitárias – tantas vezes invisibilizadas.

Para apresentar o trabalho de MSF no Brasil e no mundo, a diretora de Comunicação de MSF-Brasil, Ana Lemos, foi a primeira palestrante do seminário. Ela contou sobre sua experiência com a organização em cerca de 10 países e abordou a estrutura, os contextos de atuação e a importância dos princípios de neutralidade, imparcialidade e independência de MSF.

Em seguida, foi a vez do público ouvir a fala da coordenadora de relações com a imprensa de MSF-Brasil, Claudia Antunes, acerca da relação da organização com os jornalistas e com as fontes para a cobertura de crises humanitárias, ainda que estejam acontecendo em outros continentes. “Nós, de MSF, enviamos releases frequentemente e dispomos de um rico banco de imagens; então, não é preciso ficar restrito ao material que chega de agências internacionais. É possível fazer reportagens interessantes com imagens e entrevistas mesmo sem ir a campo”, explicou.

Em meio a atual crise de refugiados, migrantes e deslocados internos, o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Miguel Pachioni, também esteve presente no seminário. Ele falou sobre o escopo de atuação do órgão no mundo e, especificamente, no Brasil, um país conhecido por seu papel relevante na proteção internacional a refugiados.  Pachioni abordou as principais dificuldades enfrentadas na solicitação de refúgio e na vivência em um novo país, como documentação, educação, meios de subsistência, moradia, acesso à informação, discriminação e xenofobia.  O porta-voz também chamou a atenção para a inação das grandes potências diante daqueles que fogem para salvar suas vidas. “Hoje, os Estados que mais poderiam acolher refugiados fazem muito pouco. Surpreendentemente, países como Turquia, Líbano e Jordânia são aqueles que mais recebem pessoas deslocadas”, disse Pachioni

Por fim, Nathalia Tavolieri, jornalista do programa Profissão Repórter, da TV Globo, relevou os bastidores da reportagem que produziu no campo de refugiados de Za’atari, na Jordânia, onde MSF oferece cuidados médicos. Ela esteve no país em 2016 e registrou as condições de vida precárias no acampamento, que, atualmente, abriga cerca de 80 mil sírios.
 

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