MSF trabalha em áreas remotas atingidas pelas enchentes no Paquistão

Inundações foram causadas pelo ciclone Yemyin. Chuvas e fortes rajadas de ventos atingiram o país, deixando diversas áreas isoladas e sem assistência

As equipes de MSF visitaram algumas áreas no Paquistão atingidas pelas enchentes causadas pelo ciclone Yemyin. O ciclone atingiu o Paquistão, trazendo chuvas e rajadas de vento fortes, no dia 26 de junho. MSF está circulando com clínicas móveis e distribuindo itens de ajuda, como barracas, cobertores, kits de higiene e alimentos. No dia 14 de julho, uma equipe de MSF começou a trabalhar em Barija, uma área remota onde nenhuma outra organização de ajuda estivera até agora.

MSF contactou o governo do Paquistão logo depois que as enchentes na província de Balochistan foram anunciadas. O governo só concedeu autorização para entrar nas áreas afetadas depois do dia 5 de julho. Duas equipes de MSF têm trabalhado em algumas áreas desde então. Na maioria das áreas afetadas, quase todas as casas foram destruídas, mas os prédios públicos não sofreram avarias.

MSF forneceu suprimentos de comida, cobertores, bacias e canecos para cerca de 350 famílias no vilarejo de Bagh Tel. A equipe também tratou 270 pacientes em um dia, a maioria sofrendo de diarréia e de infecções cutâneas. Na área de Magsi Shak, a equipe forneceu barracas, sacos de lixo, kits de higiene e de cozinha e suprimentos de comida para 76 famílias que estavam sem abrigo.

"As estradas são o maior problema", afirma Tom Roth, chefe de missão de MSF no Paquistão. "Viajar de carro é muito difícil; um de nossos veículos ficou preso na lama e demorou horas para tirá-lo de lá. Muitos vilarejos ainda estão isolados, mesmo depois das águas terem abaixado. Algumas pontes e rodovias desapareceram completamente."

"Grandes áreas foram alagadas, o que significa que as colheitas estão perdidas. Embora tenha havido distribuição de alimentos nos distritos afetados, estamos preocupados com o andamento dessa situação nos próximos meses"

"As áreas que visitamos e que são as mais afetadas, em Nasirabad e Jaffarabad, as pessoas têm acesso a assistência médica. Logo, decidimos que devíamos ir para áreas mais remotas ainda, onde ninguém havia ido até agora, como Barija, no distrito de Jhal Magsi.

"A nossa equipe montou uma operação de ajuda de emergência no distrito…e iremos permanecer lá enquanto for necessário. Esperamos atender cerca de 300 pacientes por dia e temos itens de ajuda disponíveis. Além disso, nossa equipe vai monitorar de perto a situação de saúde para prevenir cólera e malária."

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