Rep. Centro-Africana: MSF lamenta morte de um de seus colegas em Batangafo

Gaulbert Mokafe, de 41 anos, foi assassinado por homens armados na última quinta-feira (04)

A organização médico-humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) condena fortemente o assassinato, na última quinta-feira (04), de seu colega Gaulbert Mokafe, auxiliar de enfermagem do hospital de Batangafo, pelas mãos de um grupo armado. MSF pede novamente a todos os grupos armados envolvidos no conflito na República Centro-Africana (RCA) que cumpram a lei internacional sobre conflitos e que respeitem a segurança de atividades médicas, profissionais médicos e instalações de saúde.

Gaulbert Mokafe tinha 41 anos e trabalhava no hospital de Batangafo, onde MSF atua em colaboração com o Ministério da Saúde, desde 2012. Ele tinha uma esposa e cinco filhos. Gaulbert foi assassinado na tarde do dia 04 de abril na estrada entre Batangafo e a cidade vizinha de Bouca. Gaulbert estava viajando de moto para visitar sua família. MSF descobriu que nosso colega foi forçado a parar por um grupo de homens armados e foi mantido refém em uma floresta próxima. Gaulbert foi morto, por razões desconhecidas, por um tiro no coração.

“Se os responsáveis pela morte de Gaulbert ou seus parentes precisassem de atenção médica, Gaulbert teria cuidado deles. Sua morte é um crime covarde, que deixou a equipe de MSF em Batangafo e na RCA chocada e indignada. É inaceitável”, disse Omar Abenza, coordenador-geral de MSF na RCA. “Fazemos um apelo para que os grupos armados controlem seus membros e garantam a proteção da população, respeitando o pessoal de saúde, de quem eles e suas famílias também se beneficiam. Queremos continuar oferecendo assistência médica e humanitária, mas, para isso, precisamos trabalhar com segurança e todos têm que assumir suas responsabilidades.”

Como sinal de respeito por Gaulbert e seus parentes, MSF realizará dois dias de luto em Batangafo a partir de amanhã.

MSF presta suas mais profundas condolências à sua família.

MSF trabalha na RCA desde 1997. Atualmente, tem mais de 200 profissionais internacionais e mais de 2 mil profissionais nacionais trabalhando no país. MSF mantém 11 projetos regulares (em Batangafo, Carnot, Kabo, Paoua, Bria, Bossangoa, Bangassou, Bangui, Bambari e Boguila) e também projetos de emergência, conforme a necessidade (recentemente em Alindao, Ippy, Bocaranga, Mbaiki ou Pombolo).

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