Zimbábue: MSF continua a oferecer atendimento médico a milhares de pacientes

Apesar da incerteza gerada por processo eleitoral, organização continua a realizar atendimento médico gratuito para cerca de 29 mil pessoas

Apesar de todas as dificuldades e confusões registradas no Zimbábue recentemente e a incerteza com relação ao futuro político, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) continuam a trabalhar nos projetos instalados em todo o país.

MSF continua a oferecer atendimento médico gratuito para cerca de 29 mil pessoas vivendo com HIV/Aids em Bulawayo, Tsholotsho (província de Matabeleland Norte), Buhera (província de Manicaland), Epworth (província de Mashonaland Leste) e Gweru (Província Midlands). Além desses projetos, MSF está oferecendo apoio a mais de 16 mil pacientes sob tratamento com anti-retrovirais, permitindo que essas pessoas vivam normalmente e com dignidade. Durante os últimos anos, MSF pôs em prática uma estratégia de descentralização de pacientes dos hospitais para as clínicas periféricas, melhorando seu acesso ao tratamento.

MSF tem ajudado a aliviar os efeitos devastadores da pandemia de HIV/Aids desde 2002. Na época, o índice de prevalência da doença entre adultos era de 33% (segundo dados da Unaids). Essa doença não é só um fardo para as pessoas e famílias do Zimbábue, mas também para a economia do país. A prevalência hoje é ainda uma das mais altas do mundo, oficialmente 15,6%, mas ainda maior em algumas áreas do país.

Além disso, enchentes, cólera e outros surtos de doenças associadas à contaminação da água assolaram o país nos últimos meses. Nas recentes intervenções de emergência, MSF tem tratado casos de diarréia e cólera em várias locações na província de Mashonaland Leste, com 250 casos de cólera tratados até agora. Em Kariba (província de Mashonaland Leste), MSF disponibilizou material médico e treinamento das equipes locais para ajudar a responder ao surto de cólera. MSF também está oferecendo apoio às estruturas de saúde nas províncias de Mashonaland oeste e Masvingo e em Bulawayo para responder aos surtos de diarréia. MSF também tem ajudado as vítimas das enchentes da área do Rio Save e no distrito de Tsholotsho.

As dificuldades enfrentadas pelas populações permanentes e transitórias que vivem nos arredores da cidade fronteiriça de Beitbridge (Matabeleland Sul) – o ponto de entrada para a África do Sul para milhares de imigrantes – abalaram as estruturas. Por isso, MSF está lançando um novo projeto de suporte para oferecer cuidados de saúde para essas populações, ambos residentes e imigrantes.

MSF trabalha no Zimbábue desde 2000. Atualmente, MSF trabalha com cerca de 400 funcionários do Zimbábue e com 50 funcionários internacionais.

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