A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Por Claudia Lodesani, presidente de MSF na Itália e coordenadora de emergência para COVID-19 no país
O que Médicos Sem Fronteiras (MSF) pode fazer para ajudar no combate à pandemia da COVID-19? Antes, os serviços de saúde, aqui na Itália e na maioria dos países europeus, eram focados no atendimento individual. Mas, agora, eles precisam começar a pensar em saúde pública em um contexto epidêmico.
Fazer esse tipo de mudança é difícil para qualquer serviço de saúde. Eles precisam alterar a maneira de pensar e agir, mudar completamente o tipo de abordagem. Além disso, um fator comum em epidemias é o alto número de pacientes que chegam aos hospitais ao mesmo tempo. Isso pode ter um impacto negativo até em sistemas de saúde bem desenvolvidos, que não estão acostumados a lidar com números altos todos os dias. Adaptar-se a isso não é fácil.
Se MSF pode agregar algum valor em uma crise como essa, é a nossa experiência. Somos uma organização cuja forma de atuação é toda construída em torno da resposta a emergências e surtos. Temos muita experiência de trabalho nessas condições no mundo todo. É o que fazemos. Portanto, o melhor impacto que podemos gerar agora é prestar consultoria às autoridades de saúde sobre as diferentes abordagens, estratégias e práticas que devem ser aplicadas no combate a uma pandemia como a do novo coronavírus.Quando chegamos a Lodi, no norte da Itália, ficou imediatamente evidente o quão traumatizada a equipe médica estava. Eles queriam conversar sobre a crise, sobre o que haviam passado na linha de frente dessa emergência durante duas ou três semanas. Era algo que eles nunca haviam enfrentado antes. Eles ficaram chocados com a rapidez com que tudo aconteceu.
Conseguimos ouvi-los e nos solidarizamos com eles, porque sabemos como é. Conseguir desabafar, chorar na frente de pessoas que entendem o que você está passando, é muito importante. Isso ajuda a entender que você não está sozinho e dá forças para continuar trabalhando.
O primeiro passo para combater um surto como esse é proteger o pessoal da linha de frente. Sem eles, não poderíamos responder à pandemia. Milhares estão adoecendo nos países afetados, portanto, mantê-los seguros e impedir que se infectem é fundamental.
O próximo passo é perceber que, embora os hospitais sejam vitais para a resposta, o atendimento domiciliar e as atividades de conscientização também são muito importantes. Em um surto, você não pode se concentrar apenas nos cuidados hospitalares; clínicos gerais e médicos de família também têm um papel vital. Você deve levar em consideração a comunidade em geral.
Temos muitas casas de repouso para idosos na Itália e, obviamente, o nível de assistência médica que você recebe em uma casa não é o mesmo de um hospital. As pessoas em lares de idosos correm um grande risco com a COVID-19, pois eles são os mais vulneráveis e vivem em contato próximo nessas instalações, por isso, é importante reorganizar a forma como são administrados.
Mesmo no pequeno distrito em que estou agora, no centro da Itália, existem cerca de 50 casas de repouso, então, há muito trabalho. MSF que existiam necessidade aqui e começamos a ajudar os profissionais desses lugares – porque eles também precisam estar seguros –, oferecendo orientação sobre medidas de proteção e controle de infecções.
Eu trabalho em MSF há 18 anos. E, para mim, uma das coisas mais difíceis de lidar nesta crise tem sido o sofrimento das pessoas idosas. Quando você está no hospital, a maioria dos pacientes é idosa. Nos lugares em que trabalhei com MSF, a maioria dos nossos pacientes eram crianças ou jovens.
Para mim, pessoalmente, há algo muito comovente e trágico na maneira como os idosos foram particularmente afetados pela COVID-19. Quando você chega na enfermaria e é confrontado por 80 ou 100 pessoas muito idosas, muito frágeis, é triste demais. Eles estão isolados de suas famílias enquanto lutam contra esta doença. Isso me afetou muito. Essa pandemia vai afetar a todos nós, de MSF, de um jeito diferente. O mundo inteiro será muito diferente.
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