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Profissional de logística de MSF fala sobre as dificuldades para estabelecer a campanha de emergência em contexto urbano
Ser vacinado parece simples: um enfermeiro, uma vacina, uma injeção e uma vida toda de proteção. Mas uma vacinação de emergência é um verdadeiro desafio logístico. E é exatamente o que está acontecendo agora na Guiné, onde a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), em apoio ao Ministério da Saúde, atua com 400 profissionais. Por trás dos médicos e enfermeiros, há, nos bastidores, pessoas sem as quais nada disso seria possível: os logísticos.
A seguir, você pode conferir a entrevista concedida por Grégoire Putz, um desses homens que trabalham para tornar possível a campanha de vacinação em massa que tem por objetivo beneficiar 500 mil crianças em duas semanas.
Como exatamente as equipes de MSF estão organizadas?As equipes de MSF estão organizadas em pares: um supervisor logístico e um médico assessor. Eles saem todas as manhãs às 6h30 com geladeiras portáteis (coolers) cheias de vacinas e kits médicos contendo luvas e seringas e ferramentas logísticas necessárias para os postos de vacinação. No local, eles encontram as equipes de vacinação e profissionais cedidos pelo Ministério da Saúde e recrutam pessoas para registrar a ação, orientar as pessoas e manter a ordem. Cada equipe tem ao menos nove pessoas. Mas, se houver muitas crianças a serem vacinadas, mais pessoas são contratadas. Por exemplo, pode haver até 14 atendentes em um único local para administrar a multidão. Se a rota não estiver demarcada e as pessoas não forem orientadas, o local facilmente ficará lotado e pode ficar até impossível de trabalhar. Em média, 400 pessoas estão trabalhando diariamente nesta campanha de vacinação, mas o número varia dependendo do dia e das necessidades. Durante a noite, a equipe da “cadeia de frio” assume as atividades das 20h00 à meia-noite. A vacina contra o sarampo precisa ser mantida resfriada e isso demanda um enorme esforço logístico. Todas as vacinas têm que ser removidas, contadas e colocadas em uma geladeira, os coolers precisam ser preparadas e o gelo também, para serem utilizados no próximo dia de vacinação.
Você pode explicar a cadeia de frio especificamente?Este é um aspecto crucial que torna a vacinação um processo particularmente delicado. Se as vacinas não forem mantidas em uma temperatura precisa, entre dois e oito graus Celsius, elas se tornam inutilizáveis. Isso não é tarefa fácil em um país onde a temperatura pode, facilmente, chegar aos 30 a 35oC durante o dia e a existência de energia elétrica é incerta.
Nós temos 17 freezers para as unidades de refrigeração e 14 refrigeradores para manter as vacinas. Quando as equipes vão a campo, os coolers servem para manter a temperatura da vacina. Para isso, temos 5 mil pacotes de gelo, e, quando eles têm de ser substituídos porque não mais mantêm a temperatura baixa o suficiente, o que acontece a cada 48 a 72 horas, 1.100 deles são trocados. Na medida em que estocamos centenas de milhares de doses de vacinas, não podemos permitir que a temperatura varie e, portanto, usamos geradores o tempo inteiro. No caso de haver problemas graves, precisamos garantir que teremos alternativas, porque não podemos depender da malha elétrica guineana. E esta é a alternativa: um contêiner, normalmente utilizado para transportar peixes, que também alugamos.
O que esta campanha de vacinação tem de particular?Esta é uma campanha urbana, o que a torna muito diferente de outras situações mais rurais, como na República Democrática do Congo. Aqui, nas cidades, não temos dificuldades para encontrar as pessoas, mas enfrentamos outras questões relacionadas à densidade urbana e à falta de espaço para estabelecer nossos postos de vacinação. Nós os estruturamos em diversos locais, como em uma fábrica abandonada, pátios particulares ou armazéns. Em Conacri, há entre 10 e 12 milhões de habitantes e leva-se muito tempo para ir de um lugar a outro. Quanto aos dados populacionais, há surpresas: em alguns lugares, esperávamos receber 1 mil pessoas por dia e atendemos 1.500; e, em outros, aconteceu o oposto. Nós, portanto, fazemos ajustes na medida em que comparamos o planejamento real da vacinação às nossas expectativas iniciais.
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