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De acordo com equipes de MSF, a maioria das crianças com desnutrição na região tem menos de um ano de idade
Desde março, equipes de MSF trataram mais de 450 crianças desnutridas em seu hospital de Qayyarah, a 60 quilômetros ao sul de Mossul. Manuel Lannaud, coordenador-geral da organização no Iraque, fala das diferentes causas e aspectos da desnutrição.
Quem, na região, é afetado pela desnutrição?
Começamos a tratar crianças desnutridas em nosso hospital de Qayyarah em março. A maioria delas tem menos de um ano de idade e 60% não chegam aos seis meses de vida. Algumas das mães vêm de Mossul, mas a maioria vive em campos. Nas últimas semanas vimos um aumento no número de crianças desnutridas com necessidade de tratamento. Com a ocupação dos leitos superando frequentemente a marca de 200%, estamos prestes a abrir uma unidade nova com 30 leitos na qual possamos oferecer cuidados a crianças que sofrem de desnutrição grave. A partir de julho, mães e bebês que até agora estão acomodados em uma tenda de 12 leitos receberão cuidados na nova unidade.
O que está causando desnutrição na região de Mossul?
Essa não é uma questão de acesso a alimentos. A desnutrição que vemos aqui se deve principalmente à escassez de fórmula infantil (leite sintético). Obviamente, adultos e crianças que estão na parte sitiada de Mossul sofrem com a falta de alimento e, de fato, vemos muitas pessoas que estão abaixo do peso chegando aos campos. Porém, se você sair da cidade, os adultos logo ganham peso, mas os bebês, não. Muitas mães iraquianas não amamentam seus filhos e as que o fazem normalmente param após dois ou três meses. As condições de vida nos campos, combinadas com o estresse e a exaustão, tornam a amamentação ainda mais difícil.
Há uma barreira política também. Organizações internacionais como o UNICEF e a Organização Mundial da Saúde (OMS) promovem a amamentação – não só no Iraque – e oferecem fórmula infantil, mas apenas com prescrição médica. Acreditamos que distribuir fórmula infantil em situações de conflito, como a do Iraque, é a única forma de evitar que crianças sejam hospitalizadas em decorrência da desnutrição. MSF oferece fórmula infantil para as crianças quando elas têm alta no hospital e durante a assistência de acompanhamento. Também encorajamos as mães e falamos a elas sobre a importância da amamentação, mas se ainda assim elas quiserem a fórmula infantil, nós lhes damos. Também precisamos garantir que a água disponível nos campos está dentro dos padrões e informamos às mães que isso é algo que elas devem ter em mente, porque pode ser um grande problema.
O que pode ser feito para tratar a desnutrição?
Crianças que estiveram hospitalizadas precisam de supervisão médica cuidadosa. O número de readmissões no hospital de Qayyarah ainda é relativamente alto. Muitas vezes, as mães querem ir embora do centro de nutrição terapêutica para voltar para casa e cuidar dos outros filhos, mas tratar a desnutrição leva tempo, muitas vezes algo entre duas ou três semanas. Algumas mães contrariam as orientações médicas. Depois é difícil, para elas, retornar ao hospital – por diversas razões, sendo uma delas a dificuldade de locomoção.
No começo de julho, um programa preventivo de nutrição, que inclui assistência de acompanhamento e exames de desnutrição para crianças, será aberto em um dos campos. Mais organizações de assistência humanitária devem se envolver nesse tipo de avaliação, que é essencial no processo de prevenção e gestão de casos de desnutrição.
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