A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Necessidade de cuidados médicos de emergência é cada vez maior
Conforme os confrontos se intensificam em Mossul, civis da cidade estão encurralados em meio ao fogo cruzado, com acesso muito limitado a cuidados médicos vitais. Arriscando suas vidas, dezenas de milhares de pessoas fugiram desde o início da ofensiva no oeste da cidade, em 19 de fevereiro deste ano. Milhares de feridos foram retirados por ambulâncias da zona de conflito.
Na cidade de Mossul e seus arredores, há uma grave falta de recursos médicos para tratar o grande número de pacientes. As ambulâncias que encaminham os casos emergenciais para hospitais fora da cidade simplesmente não conseguem atender o grande número de vítimas de trauma, ou viajar longas distâncias para transferir pacientes que precisam de tratamentos complementares.
No dia 19 de fevereiro, MSF abriu um hospital de campanha de traumatologia com capacidade cirúrgica em um vilarejo ao sul de Mossul. A instalação conta com dois centros cirúrgicos, uma unidade de terapia intensiva, uma sala de emergência, uma ala de internação e outras estruturas de apoio necessárias. A equipe de MSF que trabalha no hospital, composta principalmente de cirurgiões, médicos e enfermeiros iraquianos, somente opera os casos mais graves e com risco de morte, conhecidos como “casos vermelhos”. Os que podem esperar são transferidos para hospitais mais distantes.Desde sua inauguração, a instalação recebeu mais de 915 pacientes. Desses, 763 sofreram traumas decorrentes da guerra, e 190 deles foram classificados como casos “vermelhos”, que precisavam de cirurgias urgentes. Dos pacientes que sofreram traumas, 421 foram classificados como casos “amarelos” e estabilizados antes de serem encaminhados a outros hospitais da região. Mais da metade dos feridos era de mulheres (241 pacientes) e crianças com menos de 15 anos (240 pacientes).
“A necessidade de cuidados médicos de emergência aumentou drasticamente”, diz a dra. Isabelle Defourny, diretora de operações de MSF. “Temos equipes trabalhando 24 horas por dia, tratando homens, mulheres e crianças feridos por balas, explosões e bombardeios. Outras emergências de risco também demandam resposta médica rápida, como no caso de mulheres grávidas que precisam de cesárea.”
Nos últimos dois meses, equipes de MSF na cidade de Mossul e arredores receberam mais de 1.800 pacientes que precisavam de cuidados médicos urgentes. Cerca de 1.500 deles necessitavam de tratamento para traumas decorrentes do conflito. Na medida em que a escala das necessidades não relacionadas com trauma também se tornou evidente, MSF começou a oferecer serviços de maternidade no leste de Mossul, no início de fevereiro. Desde então, as equipes assistiram 100 partos e realizaram 80 cesáreas.
No início de março, equipes de MSF começaram a atender crianças com desnutrição grave provenientes do oeste de Mossul. Avaliações nutricionais rápidas foram realizadas em dois acampamentos de deslocados internos. De acordo com pessoas atendidas por MSF que estavam fugindo do oeste de Mossul, não há mais leite em pó para bebês, alimentos estão em falta e as condições de água e saneamento devem piorar em breve, visto que as rotas de chegada de suprimentos foram bloqueadas recentemente. Isso levou MSF a instalar um centro de nutrição terapêutica em seu hospital em Quayara.
“É essencial e urgente que tratamento contra a desnutrição seja oferecido para atender às necessidades, e que as pessoas deslocadas do oeste de Mossul recebam assistência alimentar ao chegarem”, enfatiza a dra. Defourny.Equipes de MSF oferecem cuidados de saúde em acampamentos de pessoas deslocadas de suas casas, mas os serviços de emergência continuam sendo a principal atividade da organização até agora. Um cirurgião do hospital campanha ao sul de Mossul descreveu esta como uma das experiências mais difíceis em seus longos anos de trabalho na organização. “A situação aqui é muito intensa. Todos os casos que recebo no centro cirúrgico são graves, e quase todos os dias precisamos lidar com a chegada de vítimas em massa*”.
Desde o início da ofensiva militar para retomar a segunda maior cidade do Iraque, em outubro de 2016, equipes de MSF vêm incrementando a assistência médico-humanitária na província de Ninewa trabalhando com com profissionais iraquianos, para garantir que a população tenha acesso a cuidados médicos de emergência, incluindo assistência materno-infantil. Equipes de MSF estão trabalhando no leste de Mossul em centros de trauma e postos médicos de cuidados avançados na cidade, e também oferecem serviços de saúde em acampamentos de pessoas deslocadas de Mossul que foram recentemente estruturados.
No Iraque, MSF conta com mais de 1.600 profissionais iraquianos e estrangeiros para realizar seu trabalho em mais de dez províncias. A fim de garantir sua independência, a organização não aceita doações de governo algum, grupo religioso ou agência internacional para seu trabalho no país, contando somente com doações privadas do público geral.
*Situação em que mais de 10 pessoas feridas chegam ao hospital ao mesmo tempo, excedendo a capacidade de resposta dos profissionais. Frequente em contextos de conflitos armados.
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