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Sem nenhum sinal de uma possível retomada das atividades médicas, MSF não pode permanecer indefinidamente em uma área onde está impedida de atuar
Yaoundé, 3 de agosto de 2021 – Após quase oito meses de suspensão pelas autoridades camaronesas, a organização médico-humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi forçada a retirar suas equipes da região Noroeste do país, uma área gravemente afetada por anos da violência armada entre as forças de segurança e grupos separatistas armados. “Não podemos ficar mais em uma região onde não temos permissão para cuidar das pessoas”, disse Emmanuel Lampaert, coordenador de operações de MSF para a África Central. “Infelizmente, não podemos mais manter nossa equipe em prontidão, então não temos escolha a não ser retirar nossas equipes. No entanto, vamos manter um pequeno escritório de contato em Bamenda, a capital regional, para continuar o nosso diálogo com as autoridades”.
MSF fornecia atendimento médico de emergência gratuito e serviços de ambulância na região Noroeste desde 2018, até que, em dezembro de 2020, as autoridades camaronesas na região suspenderam suas atividades¹. Oficialmente, isto ocorreu até que a estrutura de MSF para colaboração com o governo pudesse ser revisada. No entanto, essa decisão foi tomada após uma série de acusações contra a organização de apoiar grupos armados locais, que MSF rejeitou de forma consistente e categórica, tanto em reuniões com as autoridades como na arena pública². Apesar de meses de intercâmbio, as autoridades não autorizaram MSF a retomar suas atividades médicas.
“Esta suspensão reduz significativamente o acesso a serviços médicos em uma área onde as comunidades são gravemente afetadas pela violência armada”, continua Lampaert. “Esperamos que a prestação de assistência médico-humanitária a todos, sem distinção, ainda seja possível. O povo está pagando um preço muito alto por esta situação. Se as autoridades decidirem suspender nossa suspensão, retomaremos nossas atividades médicas o mais rápido possível”.
Desde 2018, MSF era uma das poucas ONGs internacionais que oferecia atendimento médico gratuito às comunidades no noroeste do país e administrava o único serviço de ambulância gratuito 24 horas por dia, 7 dias por semana nesta região. A cada ano, dezenas de milhares de pacientes se beneficiam dos serviços de MSF em uma região onde o acesso aos cuidados foi significativamente reduzido pela violência armada.
Quase quatro anos de crise deslocou centenas de milhares de pessoas e deixou muitos centros de saúde inoperantes. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para acessar as demais instalações de saúde abertas devido a restrições financeiras, de segurança e geográficas.
“É essencial que outras organizações intervenham para fornecer apoio adicional ao Ministério da Saúde para garantir a prestação de cuidados às pessoas vulneráveis”, conclui Emmanuel Lampaert. “Isso deve ser feito com respeito absoluto pelas unidades de saúde, funcionários e pacientes. Desde 2018, testemunhamos vários ataques e atos de intimidação contra instalações de saúde, e MSF não foi poupada disso. Embora agora sejamos obrigados a retirar nossas equipes, apelamos a todas as partes nesta crise a respeitarem os profissionais de saúde, sejam eles membros de organizações não governamentais ou do Ministério da Saúde. Qualquer ameaça ou violência contra eles ou seus pacientes é inaceitável”.
Em 2020, até a suspensão de suas operações em 8 de dezembro, equipes de MSF na região Noroeste trataram 180 sobreviventes de violência sexual, forneceram 1.725 consultas de saúde mental, realizaram 3.272 cirurgias e transportaram 4.407 pacientes de ambulância, mais de mil deles eram mulheres prestes a dar à luz.
Agentes de saúde comunitária apoiados por MSF forneceram 42.578 consultas, principalmente para doenças como malária, diarreia e infecções do trato respiratório. A equipe médica de MSF também tratou vítimas diretas de violência armada na região, de acordo com os princípios do Direito Internacional Humanitário, 3º Artigo Comum das Convenções de Genebra e ética médica.
MSF é uma organização médico-humanitária de emergência, que atua em Camarões desde 1984. Hoje, a organização continua realizando atividades médicas nas regiões extremo norte e sudoeste do país. Em Camarões, como em outros lugares, o trabalho de MSF é guiado pelos princípios de independência, neutralidade e imparcialidade, bem como pela ética médica. Suas equipes prestam assistência médica gratuita a qualquer pessoa que necessite, independentemente de filiação política ou religiosa, nacionalidade ou sexo.
[1] https://www.msf.org/msf-denied-providing-badly-needed-healthcare-northwest-cameroon
[2] https://www.msf.org/doctors-without-borders-rejects-allegations-support-armed-groups-north-west-cameroon
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