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Novos medicamentos podem reduzir o sofrimento de pacientes com tuberculose resistente a medicamentos
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) recebeu com entusiasmo as novas diretrizes de tratamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomendam o tratamento da tuberculose resistente a medicamentos (TB-DR) apenas com medicamentos orais, novos, mais potentes e com menos efeitos colaterais, como a bedaquilina. Dois medicamentos injetáveis conhecidos por causar surdez e outros efeitos colaterais graves não são mais recomendados na nova diretriz – um passo importante para um tratamento mais tolerável para todos os pacientes.
O esquema de tratamento recomendado, que dura de 18 a 20 meses, inclui medicamentos mais potentes – bedaquilina, linezolida, levofloxacina e moxifloxacina – que podem ajudar a melhorar as taxas de cura, reduzir as mortes e causar aos pacientes muito menos efeitos colaterais. MSF pediu aos países com um grande número de pessoas com TB-DR que comecem urgentemente a implementar essas novas diretrizes de tratamento para pelo menos metade dos novos casos de TB-DR até setembro de 2019 e que se esforcem para alcançar todas as pessoas necessitadas até março de 2020.
“As novas recomendações da OMS oferecem a melhor oportunidade em muito tempo para que finalmente se comece a melhorar o tratamento para as pessoas com tuberculose resistente a medicamentos, usando medicamentos melhores que causam menos efeitos colaterais debilitantes”, dissea dra. Naira Khachatryan, que trabalha com MSF na Armênia. “Agora é a hora de os países com um grande número de pessoas com TB-DR atualizarem rapidamente suas políticas e implementarem o novo regime de tratamento, mais efetivo e fácil para os pacientes tolerarem. Não desperdicemos um minuto para acabar com o sofrimento das pessoas que têm que suportar um tratamento tóxico e agonizante com medicamentos que precisam ser injetados”.
Estima-se que 558 mil pessoas desenvolveram TB-DR em 2017, mas apenas 25% foram tratadas. O tratamento padrão de TB-DR usado pela maioria dos países até agora exigia que as pessoas tomassem mais de 14 mil comprimidos durante um período de quase dois anos, incluindo até oito meses de injeções diárias dolorosas com graves efeitos colaterais. Pouco mais da metade das pessoas estão curadas.
As descobertas do estudo observacional endTB* – conduzido por MSF e parceiros e que acompanhou 1.200 pessoas em tratamento TB-DR – ajudaram a confirmar a segurança e eficácia dos novos medicamentos orais, bedaquilina e delamanida. Os resultados também apoiaram a recomendação da OMS de uso da bedaquilina, em particular, por ser considerada um medicamento essencial para o tratamento da TB-MDR (tuberculose multirresistente a medicamentos). Embora os dados que apoiam o uso de bedaquilina e delamanida por mais de 6 meses, ou em combinação, sejam ainda insuficientes, os países devem utilizar esses medicamentos além de seis meses, conforme necessário.
“A recomendação para o novo tratamento oral é um passo decisivo na direção certa que tornará este tratamento árduo mais tolerável para as pessoas e salvará mais vidas”, disse Sharonann Lynch, assessora de políticas de HIV e TB da Campanha de Acesso de MSF. “Mas, para realmente acabar com o alto número de mortes sem sentido causadas por esta doença antiga, precisamos de um tratamento ainda melhor que possa curar a tuberculose muito mais rapidamente e reduzir esse peso na vida das pessoas”.
A mudança nas diretrizes de tratamento irá mais do que dobrar o número de pessoas com TB-DR para quem o tratamento com bedaquilina é recomendado. MSF, junto com outras organizações da sociedade civil, pediram à empresa farmacêutica Johnson & Johnson (J&J) – que hoje é a única produtora de bedaquilina – que reduza o preço do medicamento pela metade para todos os países em desenvolvimento – para 1 dólar por dia – para que as pessoas que precisam urgentemente possam ter acesso a ele. A J&J recebeu um amplo financiamento público para o desenvolvimento da bedaquilina e, em troca, deve tornar acessível esse medicamento que pode salvar vidas para todos aqueles que dele necessitam.
MSF está envolvida no tratamento da TB há 30 anos, muitas vezes trabalhando junto a autoridades nacionais de saúde para tratar pacientes em uma grande variedade de ambientes, incluindo zonas crônicas de conflito, favelas urbanas, prisões, campos de refugiados e áreas rurais. Em 2017, MSF apoiou mais de 22 mil pessoas com TB em tratamento, incluindo 3.600 pessoas com formas de TB resistentes a medicamentos. Nos projetos de MSF em 14 países, mais de 2 mil pessoas foram tratadas com os novos medicamentos – 633 com delamanida, 1.530 com bedaquilina e 227 com uma combinação de ambos os remédios – a partir de setembro 2018.
* O Consórcio endTB (Expandir Novos Mercados de Medicamentos para TB, endTB.org) é uma parceria de pesquisa, financiada pela UNITAID, que trata TB-MDR e conduz pesquisa operacional sobre a segurança e eficácia de bedaquilina e delamanida em 17 países com poucos recursos (Armênia, Bangladesh, Bielorrússia, Etiópia, Geórgia, Haiti, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Quênia, Lesoto, Mianmar, Coréia do Norte, Paquistão, Peru, Vietnã e África do Sul).
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