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Mais de 90% dos habitantes muçulmanos do oeste da República Centro-Africana fugiram da violência nos últimos meses. Forças armadas internacionais estão protegendo os poucos muçulmanos que ainda estão no enclave em condições muito precárias
Em frente à igreja católica em Carnot, na parte ocidental da República Centro-Africana (RCA), muçulmanos ajoelham-se para rezar. Soldados camaroneses da União Africana guardam o portão.
Dentro do complexo da igreja, aproximadamente mil pessoas de diferentes etnias, mas todas muçulmanas, estão espremidas em condições muito precárias em uma área do tamanho da metade de um campo de futebol.Essas pessoas deslocadas internas foram trazidas pelas tropas do MISCA (sigla em francês para a missão africana que presta suporte a República Centro-Africana) para que tenham sua segurança garantida. O resto da cidade está controlado pelos anti-Balaka, milícias de autodefesa compostas, principalmente, por cristãos, que tomaram Carnot no início de fevereiro, depois da renúncia do presidente Michel Djotodia em 10 de janeiro. Djotodia chegou ao poder em março de 2013 após um golpe liderado pelo Seleka, uma aliança de grupos muçulmanos rebeldes. A grande maioria das comunidades muçulmanas fugiram depois do recuo do Seleka porque ficaram expostas a represálias atrozes, independentemente de serem trabalhadores imigrantes, pastores nômades ou cidadãos centro-africanos. É difícil estabelecer o número exato, mas acredita-se que houve milhares de vítimas. As irmãs S. e Z. têm 20 anos de idade. “No dia 5 de fevereiro, os anti-Balaka atacaram Guen, nosso vilarejo. Havia centenas de nós agrupados em uma casa grande. Eles separaram os homens e os meninos, 45 pessoas no total, incluindo nossos maridos, e os executaram na nossa frente”, conta Z. “Em seguida, eles mutilaram os cadáveres”, disse ela, apontando para as suas orelhas. S. continua: “Os soldados camaroneses nos trouxeram para a igreja em Carnot. Tem sido muito difícil aqui. Meu bebê morreu por causa de uma infecção. Ele tinha um mês”. Sair do enclave é muito arriscado e perigoso, como D. descobriu dez dias atrás. Ele soube que encontraram uma pedra de nove quilates na mina de diamantes que ele costuma administrar. “Eu fui pegar a minha parte. Os anti-Balaka me atacaram com machetes a menos de 500 metros da igreja” disse ele. D. foi tratado por MSF e agora espera encontrar uma forma de se juntar a sua família em Camarões. MSF está prestando suporte ao hospital de Carnot desde 2010. Atualmente, esse é o único lugar em que é possível juntar cristãos e muçulmanos. Entretanto, o assassinato de 18 pessoas dentro de um hospital de MSF em Boguila, no dia 26 de abril, continua trazendo à tona a trágica lembrança de que instalações médicas não têm sido poupadas pela violência. A superpopulação também se tornou um problema de saúde pública dentro dos muros da igreja. Metade das pessoas deslocadas são crianças com menos de 15 anos. A temporada de chuvas começou e doenças como a malária e a diarreia estão aumentando. “Nós oferecemos cuidados médicos, alimento, água para beber e construímos latrinas, mas é um desafio diário manter as mínimas condições sanitárias em uma situação como essa”, diz Fabio Biolchini, chefe das atividades de MSF no local. “Outra solução deve ser encontrada rapidamente.” As pessoas deslocadas colocaram esteiras dentro da igreja. No domingo, tiveram que abrir espaço para a multidão.“Nós ouvimos insultos e ameaças o tempo todo,” diz um representante da comunidade que se resignou a partir logo para Camarões, para onde já fugiram mais de 100 mil refugiados. “O ódio ainda é muito forte para uma reconciliação. Nossas crianças estão doentes e nossas mulheres com medo. Estamos nos aproximando do Ramadã e ninguém quer celebrá-lo nessas condições. Nossa única opção agora é partir e esperar pela paz.”
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