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A diretora de operações de MSF Isabelle Defourny fala sobre estratégias para conter a epidemia na RDC
O que está acontecendo com a resposta à epidemia de Ebola na República Democrática do Congo?
A epidemia de Ebola no leste da República Democrática do Congo (RDC) ainda não está contida. Mais de 1.600 mortes pelo vírus Ebola foram registradas desde que o surto foi declarado pela primeira vez em 1º de agosto de 2018 e, durante os primeiros sete meses da epidemia (agosto de 2018 a março de 2019), mais de mil casos confirmados e prováveis foram declarados. Entre março e junho de 2019, esse número dobrou, com mil novos casos em um curto período de tempo. O pico foi no final de abril, com mais de 120 casos por semana. Ainda há uma enorme quantidade de novos casos, entre 75 e 100 a cada semana. Em um contexto como esse, é extremamente difícil rastrear com precisão as cadeias de transmissão da epidemia.
Durante o surto em 2014, tudo o que poderia ser feito era isolar os pacientes e dar a eles medicamentos que eram em grande parte ineficazes. Com os medicamentos experimentais e as vacinas disponíveis em 2019, agora podemos oferecer às pessoas a chance de se protegerem individualmente, assim como o acesso a tratamentos promissores.
De acordo com as informações fornecidas após o início da epidemia, as pessoas com quem os casos confirmados tiveram contato foram vacinadas e monitoradas pelas equipes do Ministério da Saúde. Muito provavelmente, isso ajudou a conter a epidemia por um tempo. É a primeira vez que a vacinação é implementada em larga escala, o que é um desenvolvimento muito positivo.
Essa abordagem ainda é possível hoje?
Digamos que ela precisa ser adaptada e aprimorada. Agora, a vacinação “em anel” está sendo usada. Isso implica a vacinação de qualquer pessoa que esteja em contato com alguém infectado pelo Ebola, bem como com todos os seus contatos. O raciocínio por trás do método não é ruim. Mas implementá-lo é demorado e desafiador (problemas para identificar os contatos individuais de cada pessoa) e o método não está adaptado à insegurança que afeta o Kivu do Norte (onde ocorre a maioria dos casos). Além disso, o número de pessoas vacinadas é muito pequeno para conter a propagação da epidemia. As equipes também têm problemas para transportar as vacinas a partir de Kinshasa, já que devem ser armazenadas a uma temperatura constante de -60 ° C.
Portanto, uma mudança de estratégia é necessária para conter a epidemia?
Com certeza. De fato, em maio, os especialistas do grupo SAGE (formado especialmente pela Organização Mundial da Saúde para elaborar estratégias de imunização contra o Ebola) recomendaram modificar a estratégia de vacinação na RDC para que mais pessoas possam ser vacinadas. Até agora, o principal obstáculo à implementação da vacinação prolongada tem sido o pequeno estoque da vacina da Merck – a única que se mostrou eficaz em uma epidemia. De acordo com as últimas informações da OMS, 600 mil doses de vacina da Merck estão disponíveis. Se este for o caso, não há mais uma boa razão para que a vacinação não seja aumentada imediatamente.
As pessoas na RDC entendem a utilidade da vacinação e, de fato, estão pedindo para serem vacinadas. No entanto, com apenas cerca de 50 contatos de um caso confirmado vacinados, é provável que apenas 25% a pouco mais de 30% dos que estão em risco estejam protegidos. O estoque de vacinas na RDC é extremamente baixo, geralmente menos de mil doses. Com sua oferta apenas esporádica e problemas com o rastreamento de contatos, ainda não dá para dizer que essa seja uma estratégia de resposta a emergências.
Enquanto alguns acreditam que a epidemia vai terminar rapidamente, não vemos sinais para apoiar tais previsões. Muito pelo contrário, tem havido alertas recentemente em Uganda e perto da fronteira com o Sudão do Sul.
Outras vacinas existem. Elas devem ser testadas em uma zona de epidemia para estarmos preparados para a hipótese do surto se espalhar e para que possamos dispor de uma gama mais ampla de vacinas no caso de futuros surtos.
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