A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
Como organização médica, buscamos sempre oferecer o melhor tratamento disponível aos nossos pacientes. O trabalho de MSF envolve uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas…
Veja as principais atualidades sobre as atividades da Médicos Sem Fronteiras.
Saiba mais sobre os nossos projetos no terreno e as nossas atividades em todo o mundo.
Assista aos vídeos sobre o trabalho da Médicos Sem Fronteiras em diversos projetos pelo mundo.
Ouça as histórias e as experiências vividas por quem está nas linhas da frente das emergências humanitárias.
O que vemos e registamos sobre o trabalho das nossas equipas e as populações que apoiamos.
Participe nos nossos eventos, online ou presenciais, para apoiar e saber mais sobre o nosso trabalho.
Profissionais portugueses contam as experiências nos diversos projetos da MSF.
Pode ajudar a MSF de várias formas, fazendo donativos, divulgando o trabalho e angariando fundos para a concretização dos projetos.
O seu donativo faz a diferença, ajuda-nos a levar cuidados médicos a quem mais precisa.
Faça a consignação do seu IRS à Médicos Sem Fronteiras e ajude-nos a salvar vidas!
A MSF depende inteiramente de donativos privados para fazer chegar assistência médica-humanitária a quem mais precisa.
Procuramos novas formas de chegar a cada vez mais pessoas, com o objetivo de envolvê-las com a nossa missão.
Faça do seu testamento, um testamento solidário incluindo a Médicos Sem Fronteiras.
A sua empresa pode fazer a diferença. Juntos podemos fazer ainda mais.
Se tem uma multa ou uma contra-ordenação, saiba que pode fazer o pagamento à Médicos Sem Fronteiras Portugal.
A incidência de casos de malária diminuiu 80% nas áreas onde as equipes de MSF trabalham junto com as autoridades locais no estado de Sucre, no Nordeste do país.
O biólogo Melfran Herrera estuda um mosquito Anopheles sob um microscópio. Ele remove cuidadosamente os ovários para ver se colocou ou não ovos. Se sim, é um mosquito “velho” que já consumiu sangue, provavelmente está infectado e pode se tornar um transmissor da temida malária.
Melfran tem mais de 20 anos de experiência como especialista no controle de doenças transmitidas por insetos. Ele trabalha como supervisor de controle de vetores em Médicos Sem Fronteiras (MSF) no estado de Sucre, no Nordeste da Venezuela, onde MSF apoia as autoridades regionais de saúde na luta contra a malária.
A doença estava quase sob controle na Venezuela na década de 60, mas teve um grande retorno nos últimos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 400 mil casos foram diagnosticados em 2017, o que torna a Venezuela um dos países mais afetados da América Latina.
Sucre é uma das regiões com maior incidência de malária no país. Desde 2019, MSF trabalha nas comunidades de Yaguaraparo, Coicual, Putucual, Guaca, Caño Ajíes, Agua Clarita e San Vicente, onde a prevalência da doença é particularmente alta.
As autoridades locais de saúde e MSF estão se concentrando em três atividades principais: diagnóstico e tratamento, promoção de saúde e controle de vetores. O último se refere à prevenção da transmissão de doenças pelos insetos que as carregam, os chamados vetores. A execução pode ser complexa porque, para que as medidas sejam eficazes, as equipes precisam saber absolutamente tudo sobre esses mosquitos.
Etapas do controle de vetores e trabalho conjunto com equipes médicas
O primeiro passo é localizar possíveis criadouros. A equipe de controle de vetores visita riachos e lagoas perto de onde os casos de malária são encontrados para coletar amostras de água e confirmar a presença e densidade de larvas do mosquito Anopheles. Em seguida, os profissionais vão às casas da população local para seguir e prender os mosquitos com o objetivo de estudá-los. As informações que procuram incluem determinar quais espécies estão presentes, seu número, expectativa média de vida, a hora preferida do dia em que picam e se os mosquitos entram nas casas e pousam nas paredes.
Depois de ter todas essas informações, os resultados são analisados para desenvolver estratégias de controle de vetores eficazes e sustentáveis. Isso pode englobar o tratamento de lagos com biolarvicidas, o estabelecimento de horários para pulverizar as paredes dentro das casas das pessoas e a distribuição de mosquiteiros.
As equipes médicas dos postos de saúde locais e da Maternidade de Carúpano complementam esse trabalho com a detecção precoce e tratamento da malária, enquanto os profissionais de promoção de saúde reforçam as mensagens relacionadas ao cuidado e prevenção. A combinação de todas essas medidas levou a uma redução significativa dos casos de malária.
Redução de 80% no número de casos de malária
A incidência de quadros da doença diminuiu 80% nas áreas onde as equipes de MSF trabalham desde 2019. No primeiro semestre de 2021, 1.641 casos de malária foram notificados nesses locais, em comparação com os 8.566 no mesmo período em 2019.
Noble Garcia trouxe seu neto à clínica em San Vicente, área rural do estado de Sucre, para fazer o teste de malária. O menino apresenta sintomas da doença, e não é a primeira vez que isso acontece. Nos últimos anos, Noble teve a doença pelo menos três vezes e seu neto, uma. Porém, ela diz que a situação mudou no ano passado. “Não se vê mais tantas pessoas com malária”, diz a mulher. “Sabemos cuidar de nós mesmos quando estamos doentes, e aqui recebemos tratamento”.
A equipe da clínica ambulatorial apoiada por MSF coletou sangue a partir de um furo no lóbulo da orelha do menino para verificar se ele estava infectado; o resultado foi positivo. O quadro do menino representa um dos 200 milhões de casos de malária diagnosticados em todo o mundo a cada ano, mas, felizmente, foi diagnosticado cedo. Ele receberá tratamento e estima-se que se recuperará em apenas alguns dias.
MSF trabalha na Venezuela desde 2015 e trabalha para reduzir a malária nos estados de Anzoátegui, Bolívar e Sucre. Durante o primeiro semestre de 2021, equipes de MSF nessas três regiões realizaram 80.631 testes de malária, diagnosticaram e trataram 14.858 pessoas com a doença e distribuíram 23 mil mosquiteiros para várias comunidades. Atualmente, MSF tem operações no Amazonas, Anzoátegui, Bolívar, Miranda, Sucre, Táchira e Distrito Capital. MSF é uma organização médico-humanitária imparcial, neutra e independente que trabalha em mais de 70 países. De seus fundos, quase 100% vêm de doações privadas em todo o mundo.
Como a maioria dos websites, o nosso website coloca cookies – um pequeno ficheiro de texto – no browser do seu computador. Os cookies ajudam-nos a fazer o website funcionar como esperado, a recolher informações sobre a forma como utiliza o nosso website e a analisar o tráfego do site. Para mais informações, consulte a nossa Política de Cookies.