5 notícias sobre projetos de MSF voltados para a saúde materna e neonatal na pandemia

Entenda a importância dos programas de saúde sexual e reprodutiva de rotina

5 notícias sobre projetos de MSF voltados para a saúde materna e neonatal na pandemia

Seja em meio a conflitos, desastres naturais, surtos de doença ou em um programa de HIV – as mulheres precisam de cuidados específicos. A saúde reprodutiva é parte integral da assistência médica que prestamos, inclusive em emergências. Em muitos dos países onde atuamos, serviços de saúde sexual e reprodutiva foram interrompidos devido à COVID-19. Muitos sistemas de saúde pública estão sobrecarregados, e encaram escolhas difíceis quanto aos serviços que podem fornecer à população. No entanto, qualquer redução neste tipo de atendimento pode causar um aumento dramático no índice de mortalidade materna e neonatal. Por isso, durante a pandemia, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) redobraram seus esforços para suprir essa lacuna em diversos locais, e garantir que mais mulheres tenham acesso a esses cuidados essenciais e urgentes.

Veja 5 projetos desenvolvidos por MSF nos últimos meses, que acolheram mulheres e meninas ao redor do mundo:

1 – Dificuldades no acesso a atendimento pré-natal é uma realidade para muitas mulheres no Iêmen

Seis anos de conflito no Iêmen deixaram muitas mulheres com pouco ou nenhum acesso a cuidados pré-natais. Em Al Qanawis, no noroeste do país, MSF abriu uma clínica de saúde materno-infantil para oferecer às mulheres e aos recém-nascidos o atendimento que necessitam. Desde dezembro de 2020, fizemos cerca de 100 partos por mês e este número só aumenta. Até que existam serviços de saúde gratuitos e seguros na região, elas continuarão a enfrentar complicações evitáveis durante a gravidez e o parto.

2 – No Paquistão, MSF realizou serviços regulares de saúde em meio à pandemia

No Paquistão, MSF trabalhou com o atendimento de serviços regulares essenciais. Apesar dos inúmeros desafios, as equipes fizeram todos os esforços para oferecer assistência médica para mães, bebês e pacientes com traumas e hepatite.

3 – MSF atua para garantir serviços de saúde materna em El Alto, na Bolívia

Na América Latina, a Bolívia é o país com o maior índice de mortes durante a gravidez e o parto. No município de El Alto, onde a situação era especialmente grave, MSF iniciou um projeto de saúde sexual e reprodutiva com atendimento gratuito, 24 horas e 7 dias por semana. Durante três anos, os profissionais ampliaram o acesso ao planejamento familiar e a divulgação de informações sobre maternidade segura. Neste momento, nossas equipes estão encerrando as atividades na região, entendendo que o sistema de saúde local pode dar continuidade aos atendimentos.

4 – COVID-19 em Honduras: telemedicina auxiliou as equipes de assistência médica sexual e reprodutiva

O planejamento familiar é essencial e serviços de contracepção e tratamento para violência sexual devem estar sempre disponíveis. Em Honduras, a COVID-19 dificultou o acesso a alguns desses serviços por causa do confinamento. MSF adaptou algumas atividades no departamento de Cortés, oferecendo atendimento às mulheres também via telemedicina.

5 – “Nós, obstetrizes no Afeganistão, somos as líderes silenciosas do nosso país”

O Afeganistão tem uma das maiores taxas de mortalidade materna e neonatal do mundo. Devido ao ataque contra a nossa maternidade em Dasht-e-Barchi, as gestantes da região oeste de Cabul e de províncias distantes agora não têm mais acesso a nenhum tratamento obstétrico e neonatal abrangente. Zahra Koochizad, que foi supervisora de obstetrícia no projeto de MSF, descreve os principais desafios das pacientes e de sua profissão em um país que sofre com anos de conflitos.

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