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Para MSF, todas as pessoas vivendo com HIV deveriam ser tratadas imediatamente
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) aplaudiu os resultados do ensaio Strategic Timing of Antiretroviral Treatment (START, na sigla em inglês), divulgado hoje durante a Conferência Internacional da Aids Society (IAS) em Vancouver, demonstrando que tratamento imediato é benéfico para as pessoas, independentemente do status de seu sistema imunológico. O fato foi embasado em evidências anteriores que demonstraram que o próprio tratamento para HIV previne drasticamente a prevenção do vírus. MSF também celebrou os planos da Organização Mundial da Saúde (OMS) de divulgação das diretrizes do tratamento revisadas ainda este ano, nas quais espera-se que conste uma recomendação para que todas as pessoas recebam tratamento antirretroviral imediatamente após testarem positivo para HIV.
“Graças às novas evidências, a questão não deve mais ser quando iniciar as pessoas em tratamento, mas como ajuda-las a manter a adesão a um tratamento por toda a vida e manter níveis ‘indetectáveis’ do vírus no sangue”, afirma Sharonann Lynch, consultora de políticas pra HIV/TB da Campanha de Acesso de MSF. “A nova meta global deveria ser oferecer tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, e mobilizar vontade política alinhada a essa ambição. Precisamos que o ritmo dobre, todos os dias o número de pessoas sendo iniciadas em tratamento deve ser maior do que no dia anterior.”
Os dados analisados por MSF divulgados na conferência em Vancouver – um estudo multicêntrico a respeito de 41 programas de tratamento de HIV de MSF em 10 anos – demonstrou que um terço das pessoas diagnosticas com HIV que eram elegíveis para iniciarem o tratamento nunca retornaram à instalação e foram, portanto, consideradas “perdidas” para acompanhamento. A oferta de tratamento a essas pessoas logo após o diagnóstico poderia ajudar substancialmente na redução do número de pessoas que nunca mais voltaram às visitas de acompanhamento para, eventualmente, começarem o tratamento.
“Não deveríamos desperdiçar uma oportunidade de oferecer tratamento a uma pessoa vivendo com HIV que ainda não esteja gravemente doente, porque nossa experiência demonstra que um terço dessas pessoas não vão voltar para serem tratadas. Observamos em nossos projetos que as pessoas cujos sistemas imunológicos ainda estão fortes demonstram muita pré-disposição para iniciar o tratamento”, conta a Dra. Helen Bygrave, consultora médica de HIV, da unidade médica de MSF na África do Sul. “Na medida em que concentramos esforços em iniciar todas as pessoas com HIV em tratamento, precisamos também reunir todos os recursos para garantir que as pessoas mais doentes e mais vulneráveis em países com baixa cobertura, incluindo crianças, sejam urgentemente cuidadas.”Informações adicionais de MSF apontam para a forte aceitação do início do tratamento vitalício entre as pessoas com alta contagem de células CD4. Na Suazilândia, onde MSF e o governo local iniciaram um projeto-piloto “teste e trate”, a organização percebeu que os índices de aceitação e iniciação em tratamento de pessoas recentemente diagnosticadas com alta contagem de células CD4 estavam tão altos quanto daquelas com baixa contagem de CD4 (≥87%).
Uma pesquisa população conduzida por MSF e, Chiradzulu, no Malauí, atestou que 91% das pessoas em tratamento antirretroviral (Tarv) apresentavam carga viral “indetectável”, mas pessoas que testaram positivo para HIV e não estavam em Tarv, incluindo aquelas que não foram consideradas elegíveis para tratamento, 48% apresentaram o que se considera uma carga viral alta (> 100 mil cópias/mL), o que significa que a transmissão de HIV é mais provável. A oferta de tratamento não beneficiaria apenas sua própria saúde, mas também ajudam a prevenir a transmissão. “Em grande parte, pessoas mantidas em tratamento em nossos projetos estão alcançando níveis indetectáveis de vírus, mas estamos falhando com aqueles que não são elegíveis a tratamento, deixando-os por sua conta contra um vírus que enfraquece seus sistemas imunológicos, o que aumenta o risco de transmissão”, diz a Dra. Helen Bygrave. “Com o fortalecimento do suporte à adesão, por meio de intervenções com aconselhamento e monitoramento da carga viral, podemos oferecer a todas as pessoas vivendo com HIV, incluindo aquelas recém-diagnosticadas, mais chances de alcançar e manter um nível indetectável de vírus.”
Garantir que haja uma corrente forte e crescente de suporte internacional para o tratamento do HIV torna-se cada vez mais crítico, mas há indícios preocupantes de que o principal financiador do tratamento para o HIV, o Fundo Global de Combate à Aids, TB e Malária reduza o suporte futuro para algumas intervenções essenciais, como os custos recorrentes de produtos e o apoio a alguns países de média renda.
“Agora não é o momento de desacelerar a resposta global ao HIV de forma alguma, mas, ao invés disso, de pisar no acelerador para salvar vidas e deter esse vírus”, afirma Sharonann Lynch. “Qualquer tentativa de suspender o apoio voltado para o combate ao HIV nesses países é de extremo cinismo.”
MSF está pedindo uma reunião entre doadores, governos e cientistas durante a Cúpula da ONU para a Adoção da Agenda de Desenvolvimento pós-2015, afim de rever evidências que apoiem o aumento no ritmo do tratamento antirretroviral para atingir 90% das pessoas vivendo com HIV. Essa evidência deveria provocar o aumento das ambições para a resposta global de HIV a um nível que irá alavancar completamente as oportunidades oferecidas pelos mais recentes dados científicos.
MSF começou a prover tratamento de HIV em países em desenvolvimento em 2000, e hoje atende mais de 200 mil pessoas vivendo com HIV em seus programas.
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