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Três semanas após o devastador terramoto em Marrocos, as equipas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão a providenciar apoio psicológico às pessoas afetadas, com as esperanças a desaparecer de que as equipas de resgate ainda encontrem sobreviventes
O terramoto que assolou a zona central de Marrocos a 8 de setembro passado, com uma magnitude de 6,8 na escala de Richter, causou a morte de 2 862 pessoas e deixou cerca de seis mil feridas*. Este terramoto atingiu sobretudo as áreas rurais nas montanhas do Alto Atlas, onde se verificaram deslizamentos de terra, desmoronamentos e os caminhos ficaram cortados ou de muito complicada utilização. Nesta região, o acesso a aldeias remotas e rurais, que eram já difíceis de alcançar, foi ainda mais afetado pelo sismo.
Na sequência imediata desta tragédia, a 9 de setembro, a MSF mobilizou equipas de emergência para avaliar a situação humanitária e médica nas áreas mais afetadas, nas províncias de Al-Haouz, Taroudant e Chichaoua. Cinco equipas da organização médica-humanitária analisaram as necessidades existentes em 30 localidades.
A resposta geral das autoridades marroquinas, de parceiros bilaterais e da população de Marrocos foi notável. Houve uma rápida mobilização dos planos de resposta de emergência por parte do Ministério da Saúde, do Exército e da Proteção Civil do país. A instalação de postos médicos avançados, de hospitais de campanha e de capacidade de encaminhamento foram cruciais para garantir uma resposta urgente médica e humanitária atempada.
“Vimos aldeias inteiras destruídas, estradas a colapsar e a eletricidade cortada”, descreve a enfermeira Fouzia Bara, que integrou as primeiras equipas da MSF em Marrocos. “Mesmo assim, as autoridades marroquinas, com o apoio de alguns Estados, conseguiram retirar pessoas de sob os escombros, tratar os feridos, usar helicópteros para transportar feridos desde as áreas mais remotas e distribuíram alimentos e outros materiais às pessoas afetadas.”
As equipas da MSF testemunham a abrangência da resposta do Governo marroquino e identificaram muito poucas lacunas. Além da avaliação da situação no terreno, as equipas da organização médica-humanitária fizeram seis doações visando dar resposta a necessidades específicas que foram expressas na altura por centros de saúde e hospitais, entre 12 e 17 de setembro. Estas doações foram coordenadas com as autoridades marroquinas, e continham equipamento médico e medicamentos como injetáveis, analgésicos, antibióticos e insulina.
Vimos aldeias inteiras destruídas, estradas a colapsar e a eletricidade cortada” – Fouzia Bara, enfermeira que integrou as primeiras equipas da MSF em Marrocos.
As pessoas mais gravemente afetadas por esta crise precisam urgentemente de apoio psicológico. Aqui se incluem as equipas de buscas e salvamento e os voluntários de primeira linha. Equipas da MSF conversaram com dezenas de mulheres e homens em profundo estado de angústia, nas zonas mais fortemente afetadas em todas as localidades onde procederam à avaliação da situação no terreno. A maioria perdera familiares, amigos ou viu as casas e aldeias inteiras arrasadas. Algumas continuavam à espera de que os corpos dos entes queridos fossem recuperados, perfeitamente conscientes de que o resgate com vida já não era possível.
“Vamos providenciar atividades de saúde mental e apoio em primeiros-socorros psicológicos a organizações locais, a pessoas que foram afetadas e a trabalhadores de primeira linha, sobretudo através das redes de psicólogos, assistentes sociais, promotores de saúde e outros voluntários marroquinos que foram mobilizados desde os primeiros dias”, explica Fouzia Bara. “Os primeiros-socorros psicológicos são fundamentais para aumentar os mecanismos de superação e para ligar as pessoas aos serviços existentes”, sustenta.
Vamos providenciar atividades de saúde mental e apoio em primeiros-socorros psicológicos a organizações locais, a pessoas que foram afetadas e a trabalhadores de primeira linha” – Fouzia Bara
As principais atividades da MSF vão consistir em providenciar apoio psicológico às pessoas afetadas e a voluntários de primeira linha, em apoiar as equipas médicas e paramédicas do Ministério da Saúde de Marrocos, levar a cabo campanhas de promoção de saúde e de saúde mental e prestar formação e apoio a grupos locais em matéria de primeiros-socorros psicológicos.
* dados do Ministério da Saúde de Marrocos (última atualização: 13 de setembro 2023)
A MSF começou a trabalhar em Marrocos em 1997 para providenciar cuidados a comunidades excluídas no acesso à saúde em Rabat, Casablanca e Tânger. Os projetos tinham enfoque em aumentar o acesso a cuidados de saúde sexual e materna. No início da década de 2000, a organização médica-humanitária iniciou a prestação de apoio a migrantes que chegavam a Marrocos, visitanto albergues onde as pessoas ficavam e fornecendo consultas em regime ambulatório e encaminhamentos através de clínicas móveis. Em 2010, a MSF providenciou cuidados a migrantes feridos durante os raides e expulsões maciças feitas pelas forças policiais marroquinas. E em 2013, os projetos foram passados para a tutela de organizações locais de saúde e de direitos humanos.
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