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A centro-africana Gisèle conta sua história e mostra que a vida com HIV é possível quando se tem acesso a tratamentos
Em Zemio, no sudeste da República Centro-Africana, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) firmou parceria com o Ministério da Saúde local para apoiar um centro de saúde com 30 leitos e serviços de internação, ambulatório, maternidade, laboratórios e tratamentos de HIV e tuberculose, além de realizar atividades de sensibilização da comunidade. O projeto começou em 2010, em resposta ao grande fluxo de refugiados congoleses e pessoas deslocadas internamente que foram forçadas a sair de suas casas devido aos repetidos ataques por parte do Exército de Resistência do Senhor (ERS). O Centro de Saúde de Zemio continua sendo uma das únicas instalações secundárias de saúde nessa região rural e recebe pacientes vindos de distâncias de até 250 quilômetros.
Keri Geiger, enfermeira de MSF, conversa com Gisèle, uma das primeiras pacientes de MSF em Zemio.
Gisèle viveu toda a sua vida em Zemio, assim como seus pais. Depois da morte de seu pai, ela continuou vivendo com sua mãe perto do Centro de Saúde de Zemio.
Em 2008, antes que MSF chegasse a Zemio, o centro de saúde local era dirigido pelo Ministério de Saúde Centro-Africano. Nesse período, Gisèle ficou muito doente. Seu abdome estava constantemente inchado e ela sofria de fadiga grave. Quando ela parou de menstruar, decidiu ir ao centro de saúde para buscar assistência, e foi então que descobriu que tinha HIV. “Eu ficava cansada o tempo todo. Não conseguia trabalhar e não me sentia bem”, contou Gisèle. Mas os problemas físicos não eram a pior parte do HIV. “A família do meu pai me abandonou quando soube que eu tinha HIV”, disse. Só sua mãe ficou com ela. “Com essa doença, eu perdi tudo que ia bem na minha vida.” Felizmente, o médico do Ministério da Saúde que trabalhava no Centro de Saúde de Zemio ajudou Gisèle a começar o tratamento com antirretrovirais e cotrimoxazole e, aos poucos, ela começou a se sentir melhor. Sua saúde melhorou, e ela começou a ver que a vida com HIV é possível. Porém, a vida na República Centro-Africana tem seus próprios desafios.
Em 2010, o médico de Gisèle foi assassinado pelo ERS e seu tratamento foi interrompido. Durante o ano seguinte, Gisèle procurou outros meios de obter seus medicamentos. Ela foi a outros vilarejos, outros postos de saúde, mas nenhum dos medicamentos que foram dados a ela funcionaram. Ela não sabia o que fazer e se sentia tão mal quanto antes de começar os tratamentos. Quando MSF chegou a Zemio e abriu o programa de HIV, Gisèle foi uma das primeiras pacientes. Ela recomeçou o tratamento antirretroviral e imediatamente começou a se sentir melhor. “Às vezes os medicamentos me deixam cansada, mas quando eu os tomo da maneira correta, eu me sinto bem de saúde”, disse ela. Gisèle já está sob os cuidados das equipes de MSF há cinco anos, e nunca teve problema em tomar os medicamentos porque sabe que eles salvaram sua vida. “Às vezes as pessoas que vivem com HIV ficam doentes, mas isso não acontece se elas tomarem os medicamentos corretamente”, ela me contou. “Quando você toma os medicamentos do jeito que é recomendado, você pode ficar bem de saúde.”
“Agora estou forte. Consigo trabalhar para minha igreja como eu quero. Agora que eu tenho força, se eu tivesse dinheiro eu poderia construir minha própria casa, com a minha própria cama.” Seus olhos se iluminam quando ela fala do trabalho. É nítido que ela adora fazer parte dessa comunidade.
Gisèle é participante regular do grupo de apoio de HIV do Centro de Saúde. Ela me contou que o grupo de apoio é importante, mas não é suficiente. Ela sente que a comunidade ainda carece de conhecimento e informação sobre HIV, e que mais coisas poderiam ser feitas para engajar as pessoas na discussão sobre a doença. “Precisamos que as pessoas entendam como é viver com HIV”, ela disse. Mas, por enquanto, Gisèle está feliz em compartilhar sua história comigo. “Fico feliz em falar sobre isso com você a qualquer hora”, ela me garante. “Estou sempre disponível para ajudar vocês. É por causa de MSF que pessoas com HIV em Zemio podem continuar vivendo.”
MSF começou a oferecer atendimento médico gratuito na República Centro-Africana (RCA) em 1997, época em que as taxas de mortalidade em algumas regiões eram cinco vezes mais altas que o limite de emergência. Desde então, RCA continuou enfrentando uma situação de emergência de saúde crônica e prolongada. A crise política e a violência que abalaram o país desde 2013 agravaram a situação da saúde, deixando 72% das instalações locais de saúde danificadas ou destruídas. Em resposta à crise recente, MSF dobrou o tamanho de sua resposta médica, e agora tem 17 projetos no país. Atualmente, um em cada cinco centro-africanos está deslocado de seu lar, seja dentro da RCA ou vivendo como refugiado em algum país vizinho.
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