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Autoridades do país querem que centenas de família deixem campos de refugiados, mas não oferecem novas opções de moradia
Depois de terem fugido de perseguições em Mianmar e vivido em condições deploráveis por muitos anos em Bangladesh, centenas de famílias de refugiados tiveram sua saída pedida pelas autoridades de Bangladesh, sem que se fosse providenciado um novo lugar para ficarem.
Essa é a situação enfrentada por centenas de famílias em um acampamento próximo a Teknaf, desde o dia 7 de março. O acampamento 'Tal', como é comumente chamado, é formado por pequenos abrigos desmantelados, situados entre o Rio Naf e a estrada que leva até o Bazar Cox. Mais de seis mil homens, mulheres e crianças procuraram refúgio em uma faixa de terra de 800 metros de comprimento e 30 metros de largura, onde alimentos e água potável são escassos e o acesso à saúde é limitado.
Os refugiados muçulmanos, que são etnicamente denominados "Rohingya", têm fugido do estado de Rakhine, no norte de Mianmar, há anos porque eles afirmam terem sofrido graves abusos, como terem submetidos a trabalhos forçados, restrições a movimentação e confisco de terras. Por muitos anos, eles viveram em condições extremamente vulneráveis, sem estado em seu próprio país e sem o status de refugiado em Bangladesh.
"Voltar é como se afogar no mar", afirma uma mulher do acampamento Tal. "Nós sofremos muito aqui (em Mianmar). Se comermos uma vez, não conseguíamos comer por outras sete vezes".
Em abril de 2006, Médicos Sem Fronteiras (MSF) realizaram uma análise e descobriram preocupantes indicadores de saúde entre a população do campo de refugiados, resultantes de péssimas condições de vida: os abrigos são montados muito perto uns dos outros, não deixando espaço para que criem-se jardins ou plantações; durante a estação chuvosa, 79% dos abrigos ficam inundados e durante o resto do ano, 10% deles são afetados pelas enchentes provocadas pela maré alta.
Essas circunstâncias provocam diarréia, infecções respiratórias e desnutrição, entre outros problemas de saúde. Logo depois, MSF abriu uma clínica e um Centro de Alimentação Terapêutica (CAT) próximo do campo de refugiados. Ambos os estabelecimentos são abertos para todas as pessoas que vivem no acampamento, assim como os que vivem nos arredores. No entanto, a desnutrição e as doenças afetam desproporcionalmente as pessoas que vivem no campo. Mais de cem consultas são realizadas diariamente, enquanto a CAT oferece alimentação para mais de 40 crianças por dia.
Em um esforço para aumentar as rodovias em todo o país, o governo de Bangladesh está pedindo que parte do campo de refugiados, localizado próximo à principal estrada, seja removido também. Além disso, as autoridades estão fazendo com que algumas famílias que não aparecem em sua lista de residentes saiam também.
Depois de serem deslocados, relocados à força ou forçados a procurar refúgio em um lugar melhor nos últimos 15 anos, um grande número de pessoas que viviam nos campos tiveram de se mudar de novo.
"Enquanto ainda não está claro o que vai acontecer com as pessoas que estão sendo retiradas do campo Tal, é hora das autoridades de Bangladesh trabalharem juntas com integrantes da comunidade internacional para lidar com um problema que já existe há 15 anos e que não vai acabar apenas com o envio das pessoas para outro lugar. Alternativas têm de ser oferecidas ou negociadas. Eles têm que ir para algum lugar. Ninguém devia viver assim", defende Frido Herinckx, chefe de missão de MSF.
Se nenhuma solução duradoura for encontrada para melhorar as condições de vida e o acesso aos serviços, centenas de Rohingya vão continuar expostos a doenças e desnutrição, depois de terem sido deslocados, explorados e sofrido abusos durante toda sua vida, tanto em Bangladesh quanto em Mianmar.
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