A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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Coordenador médico adjunto fala sobre resposta de MSF às necessidades da população deslocada pela violência
Dr. David Kahindi, coordenador médico adjunto de MSF, trabalha no Sudão do Sul há mais de três anos. Recentemente, ele chegou à cidade de Wau, onde tem supervisionado a resposta de emergência de MSF. “Há apenas uma semana eu passei de carro pelo terreno vazio ao redor da base da ONU em Wau, no Sudão do Sul. Hoje, esse mesmo lugar está lotado, com milhares de pessoas que fugiram de casa temendo pelas próprias vidas. Sabemos que mais dezenas de milhares de pessoas estão espalhadas pelos arredores. Algumas estão abrigadas em uma escola, outras em uma igreja e outras estão em meio à floresta, totalmente vulneráveis.
Na sexta-feira da semana passada, confrontos pesados eclodiram em Wau. Ainda não sabemos quantas pessoas foram mortas, mas os corpos continuam espalhados pelas ruas. As pessoas começaram a fugir e continuam fugindo: enquanto eu falo com você, mais gente está chegando à base da ONU. Em sua maioria, são famílias com poucos pertences e que procuram urgentemente por água, alimento, abrigo e assistência médica.
As pessoas que estamos atendendo estão muito mais doentes do que esperávamos, mas isso é resultado de meses de instabilidade contínua. Já vimos ferimentos a bala, mulheres que haviam sido estupradas. Também atendemos pessoas que queriam somente compartilhar as experiências pelas quais tinham passado. Elas estão aflitas e apresentam manifestações físicas decorrentes de traumas psicológicos. Hoje um homem veio me contar que seu irmão morreu durante os confrontos. Ele estava tentando se esconder, mas acabou sendo encontrado e assassinado. Esse homem estava pedindo nossa ajuda e está claramente muito deprimido. Também tratamos pessoas que tinham fugido do hospital local. No início deste ano, pacientes desse hospital foram arrancados de seus leitos, então não surpreende que eles não se sintam seguros ali. Hoje eu atendi uma moça que tinha, nas mãos e no abdômen, queimaduras graves e infeccionadas. Ela estava assustada demais para voltar a entrar no hospital.
Enquanto mais pessoas vêm sendo forçadas a sair de casa em decorrência dessa onda de confrontos, outras já estão vivendo longe daqui há meses, assustadas demais para voltarem a seus lares. Estamos aqui há alguns meses, mantendo clínicas móveis também fora da cidade para tentar alcançar algumas das populações mais isoladas. Toda semana, tratamos casos graves de malária – as pessoas estão dormindo ao relento, sob árvores, e não têm acesso a mosquiteiros. Também vemos casos de desnutrição grave toda semana, já que, devido aos confrontos, as pessoas não têm tido meios de manter suas plantações, o que torna os alimentos escassos. As pessoas atendidas também apresentam infecções no trato respiratório superior, infecções de pele e diarreia – todos problemas decorrentes das condições em que são forçadas a viver. É possível que centenas ou até mesmo milhares de pessoas tenham sido deslocadas para regiões ainda mais distantes por causa da violência. É com esse grupo que eu fico mais preocupado, caso eles estejam doentes e precisem de tratamento. Vamos trabalhar incansavelmente para tentar encontrá-los nos próximos dias.”
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