Sudão do Sul: situação humanitária é alarmante no Alto Nilo enquanto civis são atingidos em tiroteio em Malakal

MSF recebeu em seu hospital nove pacientes feridos, incluindo mulheres e idosos

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Após um tiroteio em Malakal, no estado de Alto Nilo, em 1º de julho, direcionado ao complexo de Proteção de Civis (Protection of Civilians ou PoC, em inglês), a organização médico-humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) recebeu nove pacientes feridos, incluindo mulheres e idosos, em seu hospital no complexo. Esse acontecimento se soma a uma situação humanitária já deteriorada no estado ao longo das últimas semanas, que deixou a população civil constantemente exposta a episódios de violência, aumento do número de feridos, mais deslocamentos, maiores taxas de desnutrição e risco de surtos de doenças.

Um dos pacientes recebidos havia sido gravemente ferido e morreu pouco depois de ter sido levado à instalação de MSF. Três pacientes em estado grave foram estabilizados e encaminhados para dar sequência ao tratamento e cinco continuam recebendo cuidados ali. Todos aqueles que foram tratados por MSF são deslocados internos e estão entre as mais de 30 mil pessoas que tentam escapar do conflito no Sudão do Sul buscando abrigo no complexo de Malakal da Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde o início do conflito em dezembro de 2013 no Sudão do Sul, civis, incluindo pacientes e profissionais médicos, tem sofrido ataques frequentes. MSF condena fortemente o tiroteio direcionado ao complexo e pede a todas as partes do conflito que respeitem civis, profissionais médicos e pacientes.
MSF é uma das maiores organizações que oferecem assistência médica e humanitária no Sudão do Sul, com mais de 3.100 profissionais no país e projetos na Etiópia, em Uganda e no Sudão, atendendo refugiados do Sudão do Sul. Até o momento, MSF mantém projetos em seis dos 10 estados do Sudão do Sul, incluindo Unity, Alto Nilo e Jonglei, onde a população sofre consequências graves do conflito.
 

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