Terramoto Myanmar e Tailândia: “As equipas da MSF estão prontas para intervir e o nosso plano de resposta de emergência está em curso”

Há cortes significativos nas comunicações em algumas das zonas mais afetadas, devido ao conflito em curso

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Bandeira MSF
iAko M. Randrianarivelo/Mira Photo

As nossas equipas que trabalham em Myanmar e na Tailândia estão a preparar-se, desde a passada sexta-feira (28.03) para intervir na sequência do terramoto de magnitude 7,7 que atingiu o centro de Myanmar, perto de Mandalay.

 

MAPA EPICENTRO TERRAMOTO MYANMAR

 

“A situação é muito complicada porque há cortes significativos nas comunicações em algumas das zonas mais afetadas, devido ao conflito em curso. Para além disso, há estradas importantes que foram danificadas, incluindo a autoestrada expressa que vai de Yangon a Naypyidaw e Mandalay”, avança a coordenadora-geral do projeto MSF em Myanmar, Federica Franco. “Tínhamos uma equipa na estrada hoje [28.03], mas tiveram de voltar para trás. Alguns aeroportos também estão encerrados. Isto torna extremamente difícil, não só obter informações, mas também chegar fisicamente às pessoas que precisam urgentemente de ajuda.”

“Não é necessário dizer que as equipas da MSF estão prontas para intervir e que o nosso plano de resposta de emergência está em curso. A prioridade para nós neste momento é enviar equipas de avaliação e, idealmente, uma equipa de emergência de cuidados de traumatologia”, explica. Para isso, no entanto, precisamos de acesso, e o tempo é particularmente crítico em situações como esta, especialmente para aqueles que precisam de cuidados imediatos. A MSF deixou claro que está disposta a colaborar com todas as partes interessadas, é claro, para que isso aconteça” ressalva Franco.

As nossas equipas aguardam que as autoridades permitam um acesso rápido e sem entraves. A nossa equipa médica-humanitária em Myanmar e nos países vizinhos tem capacidade para responder em grande escala às necessidades das comunidades afetadas, logo que as autoridades facilitem o acesso rápido e desimpedido para realizarmos avaliações e prestar cuidados médicos.

Dada a magnitude e a intensidade do terramoto, o impacto na população pode ser devastador, especialmente para aqueles que necessitam de assistência imediata devido a ferimentos de trauma.

Estamos também particularmente preocupados com as pessoas que ficarão vulneráveis devido à perda de habitações, à falta de acesso a cuidados médicos e à escassez de água potável, que é essencial para controlar uma potencial propagação de doenças transmitidas pela água.

Todas as nossas equipas que trabalham em Myanmar e na Tailândia estão em segurança.

 

 

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