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Iraque: leia na íntegra o depoimento de Umm Saqr, cuidadora do centro de trauma de Médicos Sem Fronteiras na região de Mossul
Com quase 37 anos, não sou mais tão jovem, e a vida me fez envelhecer muito. Hoje, meu filho e meu marido estão feridos. Eu tenho seis filhos – três filhos e três filhas. Esse filho (que está sendo tratado) se chama Mahmoud. Ele tem 11 anos.
Eu estava sentada em casa. De repente, ouvi uma explosão. Foi o som mais forte que já ouvi na vida. Corri para fora de casa para ver meus filhos, que estavam do lado de fora. Três deles correram até mim. Foi então que vi meu outro filho ferido no chão, e sangue. Eu não sei como lidar com isso. Vi meu marido ferido. Corri para a casa de minha filha e de um primo para pedir ajuda. Contei a eles o que havia acontecido e corremos de volta para minha casa. Um parente meu foi pedir ajuda ao exército iraquiano, enquanto outros de nossos familiares saíram do distrito de Nablus e vieram correndo até aqui. Alguns soldados iraquianos chegaram e levaram meu marido para ser tratado em outro hospital. Agora, não sei ao certo como é sua situação – às vezes, me dizem que ele está morto, às vezes, que está vivo.
Quando voltei para casa à noite, descobri que meu filho (Mahmoud) também estava ferido. Seu nariz estava rasgado ao meio. Eu não tinha a menor ideia. Havia sangue por toda parte. Deixei meu filho de um ano em casa e ele está sendo cuidado por um tio e outros familiares meus. Espero que ele esteja bem e que o estejam alimentando com leite e biscoitos.
Tenho três filhos vivendo em campos de refugiados. Talvez fosse melhor ter ficado nesses acampamentos. Não sei. Eles me ligam, choram e perguntam como estão o pai e o irmão. Supostamente, meu marido vai passar por uma segunda cirurgia. Na verdade, eu não sei o que vai acontecer agora.
Antes dessa tragédia, meu marido estava desempregado. Não havia trabalho. Ele também estava doente, porque tem pressão alta. Estou sempre preocupada com ele. Ele nasceu em 1958. Espero que ele se recupere e volte para casa. Tenho esperança de que todos voltaremos juntos para casa.
Esperava-se que nosso bairro fosse estar seguro após ter sido libertado do controle do Estado Islâmico. Fomos libertos há mais de um mês e esperávamos recomeçar nossas vidas. Não sei de onde veio esse morteiro. A frente de batalha fica longe. Mas o que está escrito está escrito.
Antes de a região ficar livre do Estado Islâmico, a vida era difícil. Tudo era controlado. Não tínhamos pão ou sopa. Era uma vida árdua. Porém, depois, a vida foi voltando ao normal lentamente. Muito lentamente. Alimento e assistência começaram a chegar. Meus filhos são acostumados a comer pouco, então, mesmo quando finalmente a comida começou a chegar, como pães ou biscoitos, eles só comiam metade das porções. A vida já estava voltando ao normal. E, então, Veio esse morteiro.
Que Deus nos proteja. Espero que meus filhos comecem a comer mais. Quase não tenho esperanças, mas Deus é bom. Já sobrevivemos a muitas maldades. Que Deus nos salve da injustiça.
Meu filho está triste. Ele diz que seu nariz foi embora; eu lhe digo que está tudo bem, e que não há nada a se fazer agora. Vamos tentar viver e continuar com nossas vidas. Deus é bom.
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