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População de Katanga ainda enfrenta extrema pobreza e falta de assistência conta ex-assessora de Assuntos Humanitários do projeto holandês de MSF no local
Por Marie Dubeau
27/10/2006 – Por vários anos, a população de Katanga, na República Democrática do Congo (RDC), tem sido a principal vítima do conflito entre a milícia Mai Mai e as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC). Inúmeros deslocamentos, atos de violência, mortes, incêndio dos vilarejos e campos, trabalho forçado, taxação arbitrária e restrições à locomoção fazem parte do cotidiano dessas pessoas.
A população está agora voltando para a região de Shamwana depois de viver um longo período em outros vilarejos ou na floresta, onde freqüentemente sofriam ataques da milícia Mai Mai. Mas para que eles estão voltando?
Nas áreas próximas ao vilarejo de Shamwana, a situação começou a se estabilizar. No momento, as forças armadas do governo deixaram a área e a milícia Mai Mai não parece estar mais ativa na região. No entanto, anos de violência e de privação empobreceram e traumatizaram a população que já vivia em uma situação de extrema vulnerabilidade.
Vilarejos reduzidos a pó
Além dos ataques diretos à população, os roubos deliberados de seus bens e meios de sustento os levaram à pobreza e à doença.
A maior parte dos vilarejos da área, também conhecida como o 'triângulo da morte' não só foi destruído, como foi totalmente reduzido a pó. Em muitos lugares, apenas a presença de pés de manga indicam que uma cidade já existiu lá. Quando Médicos Sem Fronteiras (MSF) chegou na área em abril deste ano, a população presa no triângulo vivia sob péssimas condições: os abrigos eram casas feitas de palha nas quais um adulto mal podia ficar de pé; os que haviam chegado recentemente também eram forçados a viver da mesma maneira. Dentro das cabanas, as pessoas faziam fogueiras para se aquecer, correndo o risco de inalar a fumaça e por fogo nas casas.
Deslocamentos repetidos e restrições à movimentação faziam com que a população não pudesse ter acesso a seus campos e mercados. Os meios de sobrevivência continuam extremamente escassez. Há ainda um pouco de manioc (uma espécie de tapioca) e nada mais. Outros alimentos costumavam vir do norte da região, mas devido ao conflito, a falta de transporte e o mau estado das estradas, o comércio é inviável agora.
O acesso à água limpa também é um problema. As fontes raramente são protegidas, aumentando o risco de surto de cólera, doença endêmica na República Democrática do Congo.
A estação das chuvas, para a qual a população não tem como se preparar, está começando agora. Isso só vai agravar a sua já frágil situação.
Mais assistência é necessária
O estado está ausente na área. MSF é um dos poucos atores presentes lá, tentando atender as necessidades básicas dessa população: uma unidade de saúde com uma equipe MSF está emShamwana e toda semana uma equipe viaja por quilômetros das estradas ruins para levar assistências a vilarejos que estão inteiramente isolados. Outros projetos iniciados incluem a distribuição de mosquiteiros e a construção de proteção para as fontes de água.
Depois de terem sofrido abusos pelas milícia Mai Mai e terem sido oprimidos pelas forças militares do governo, a população está obviamente aliviada: aos poucos eles estão voltando, dando início à reconstrução de suas casas com o que sobrou, tentando plantar novamente, voltando a comercializar animais e, acima de tudo, voltando a sorrir.
Mas há ainda muitas coisas que faltam e eles não podem resolvê-las sozinhos. A quantidade de assistência oferecida ainda é insuficiente. O desafio agora é estabelecer para a população o mínimo de qualidade de vida que eles merecem.
No momento em que os olhos da comunidade internacional estão voltados para as eleições na República Democrática do Congo e para o desenvolvimento futuro do país, é importante lembrar que a situação humanitária ainda é terrível e que a comunidade internacional precisa assumir o compromisso de proteger e ajudar a população.
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