Meningite C: MSF responde a surtos na Nigéria e no Níger

Equipes da organização estão apoiando campanhas de vacinação; na Nigéria, o atual surto é o maior visto em nove anos

Vacinação conduzida no estado de Yobe, na Nigéria

Durante mais um ano, a Nigéria e o Níger estão enfrentando surtos graves de meningite C. ‘Ambos países fazem parte do cinturão da meningite, uma região que se estende no continente africano do Senegal à Etiópia e é particularmente afetada pela doença durante a temporada de secas. Do dia 13 de dezembro de 2016 a 14 de maio de 2017, um total de 13.943 casos suspeitos e 1.112 mortes por meningite foram registrados em 24 estados da Nigéria, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Níger, no período entre 1 de janeiro e 7 de maio, houve 179 mortes por meningite de um total de 3.037 casos registrados, principalmente no oeste do país, de acordo com Ministério da Saúde.

Em resposta ao maior surto de meningite visto na Nigéria nos últimos nove anos, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) trabalhou em duas instalações médicas do Ministério da Saúde – uma em Sokoto e outra em Anka, Zamfara – tratando mais de 2.400 pacientes. Além disso, equipes de MSF apoiaram o Ministério da Saúde na vacinação de cerca de 140.600 pessoas nas três regiões mais afetadas de Sokoto. Outra campanha de vacinação apoiada por MSF foi conduzida na última semana para imunizar mais de 136 mil pessoas nas quatro áreas mais afetadas pela doença na região de Yobe.

No Níger, MSF conduziu campanhas de vacinação junto com as autoridades locais para mais de 463 mil pessoas – com idades entre 2 e 20 anos– em 28 zonas de saúde que atingiram os padrões de alerta ou epidemia em Niamey, Tillabery, Dosso, Tahoua e Maradi. Nessas regiões, MSF também deu assistência a três hospitais e 24 centros de saúde com equipamentos, medicamentos e testes de diagnóstico rápido, além de ter reforçado as equipes médicas no que diz respeito à detecção rápida e otimização de gerenciamento de casos. Enquanto isso, a organização continua monitorando as áreas em risco e oferece suporte na administração de casos da doença.
 

Partilhar