MSF responde a epidemia de sarampo no Chade, onde 115 morreram e 6 mil estão infectados

Maioria dos casos está concentrada na capital, onde o número de casos registrados entre janeiro e abril de 2005 foi igual ao de todo o ano de 2004. Em alguns hospitais, 50% das mortes de crianças registradas em abril de 2005 foram provocadas pelo sarampo

Uma epidemia de sarampo atingiu o Chade, afetando principalmente a capital N'Djamena e pelo menos mais três províncias no sul e no leste do país. MSF já está oferecendo assistência emergencial, tratando os casos registrados, avaliando a situação, e realizando uma campanha de vacinação.

Até o momento, o número oficial de mortos é de 115, sendo que há mais de seis mil casos registrados em todo o país – desses, mais de 3.400 são de pessoas que vivem na capital do Chade. De janeiro até abril de 2005, a capital registrou tantos casos da doença quanto em todo o ano de 2004. Além disso, acredita-se que o número total de pessoas infectadas hoje seja até três vezes maior do que os dados oficiais. Na ala pediátrica de alguns hospitais, 50% das mortes foram relacionadas ao sarampo em abril de 2005.

Para responder a esta emergência, as equipes de MSF já estão tratando os pacientes em cinco centros de saúde localizados nas áreas mais populosas de N’Djamena, e estão assistindo os casos mais graves em dois hospitais da capital. As autoridades do Chade anunciaram que o tratamento é gratuito e disponibilizou os medicamentos nos postos de saúde.

Um especialista em epidemiologia de MSF já foi enviado para o Chade para avaliar a situação.

"Temos que coletar dados epidemiológicos para determinar se a epidemia já atingiu seu pico ou não”, explica Kate Alberty, epidemiologista do Centro de Epidemiologia de MSF. “Isso irá nos ajudar a identificar as áreas sob risco e as faixas etárias mais afetadas”.

No início de abril, MSF realizou uma missão exploratória em Bousso, distrito localizado 300 km ao sul de N’Djamena, revelando inúmeros focos de infecção e baixa cobertura vacinal numa população dispersa e nômade. Em resposta à emergência, as equipes de saúde estão oferecendo assistência médica e medicamentos para mais de duas mil pessoas.

No final de abril, MSF lançou, em colaboração com as autoridades locais de saúde, a primeira campanha de vacinação com objetivo de imunizar cerca de 40 mil crianças com menos de 5 anos de idade.

"As campanhas de imunização já estão praticamente finalizadas”, disse Wim Fransen, Coordenador Geral de MSF no Chade. "Isto irá reduzir os índices de mortalidade, proteger a população e evitar que a epidemia se espalhe”.

O sarampo, uma infecção viral altamente contagiosa, abre a porta para outras infecções, como as que afetam o sistema respiratório, e pode levar a sérias complicações ou até mesmo a morte. Qualquer pessoa que não tenha sido imunizada está sob risco, e as crianças são as mais vulneráveis. Não há tratamento específico para tratar o sarampo, mas antibióticos são usados com freqüência contra as infecções que podem surgir com a doença.

O sarampo pode ser evitado por meio de imunização (uma dose simples de vacina). No entanto, a cobertura vacinal no Chade tem sido bastante baixa nos últimos anos.

Atualmente, MSF mobilizou uma equipe de 11 especialistas em sarampo para combater esta epidemia no Chade.

Outras atividades de MSF no país incluem assistência médica e nutricional para os refugiados sudaneses que vivem próximo à fronteira com o Sudão, e um projeto de controle da malária e outro cirúrgico no distrito de Bongor.

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