Nigéria: emergência humanitária no estado de Borno

Avaliação nutricional voltada para crianças com menos de 5 anos de idade no centro de saúde de Maimusari, na cidade de Dikwa. Apenas na manhã do dia 20 de julho, MSF identificou 34 crianças que precisavam de internação e outros 663 casos de desnutrição grave. Todos os dias, a equipe médica está realizando cerca de 500 consultas regulares, 300 consultas de pré-natal e 10 partos.
Centro de nutrição terapêutica de Gwange, distrito de Maiduguri. Esta instalação de MSF, com capacidade de 100 leitos, tem recebido pacientes que foram transferidos de Bama e de Dikwa.
Foto: Benoit Finck/MSF
Avaliação nutricional em Maimusari, na cidade de Dikwa. Esse exame é feito pela medição da circunferência da parte superior do braço de uma criança por um bracelete, chamado MUAC - Mid-Upper Arm Circumference (medida da circunferência do meio da parte superior do braço, em tradução livre para o português).
Profissionais de MSF no laboratório do centro de nutrição terapêutica em Maimusari, na cidade de Dikwa. “Estamos gradualmente descobrindo a extensão dessa crise e particularmente preocupados com os habitantes de áreas remotas que ainda não conseguimos alcançar”, diz Hugues Robert, coordenador do programa de emergência de MSF.
Distribuição de medicamentos no centro de saúde de Maimusari, em Dikwa. Somente nesta cidade, há cerca de 70 mil deslocados – alguns deles viviam em áreas controladas pelo grupo Boko Haram até pouco tempo atrás.

Mais de 500 mil pessoas estão vivendo em condições desumanas no estado de Borno, no nordeste da Nigéria. A situação na região chegou a um nível alarmante em decorrência dos ataques do Boko Haram e da forte reação militar desencadeada para conter a violência. Em resposta a algumas das necessidades da população, Médicos Sem Fronteiras está oferecendo cuidados emergenciais a crianças e gestantes com desnutrição aguda grave, e transferindo os casos mais críticos para Maiduguri, capital do estado de Borno.
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