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Em vez de uma abordagem formal e individualista, as equipas de saúde mental da MSF estão atualmente focadas em construir relações e a dar espaço às pessoas para falarem no estado de Rakhine
Os pacientes dizem-me frequentemente que as nossas sessões lhes dão esperança no futuro. Sentem-se mais calmos, mais positivos e capacitados para enfrentar o futuro com o nosso apoio” – conselheiro da MSF em Myanmar.
Em Myanmar, onde muitas casas e vidas continuam em fase de reconstrução, depois da passagem de um ciclone de categoria 5 por várias regiões do país em maio passado, as sessões comunitárias de apoio à saúde mental dão esperança às pessoas que têm enfrentado anos de conflito e deslocações forçadas.
A 14 de maio, o ciclone Mocha, carregado de força com ventos até 280 km/h, atravessou o estado de Rakhine e o Noroeste de Myanmar, deixando um rasto de destruição. Nestas áreas afetadas, as pessoas estavam já numa situação de grande vulnerabilidade: mesmo antes do ciclone, cerca de seis milhões dependiam de assistência humanitária e a maioria vivia em casas de bambu. Nos campos para pessoas deslocadas internamente na região, vivem 26 500 pessoas – a maioria, de etnia rohingya, teve de enfrentar anos de perseguição e restrições à liberdade de circulação, que causaram transtornos de saúde mental.
Os conselheiros da MSF e os profissionais de saúde comunitária prestam um apoio contínuo a pacientes em aldeias, clínicas de saúde e campos para pessoas deslocadas internamente. As equipas informam os pacientes sobre alguns conceitos psicológicos e capacitam-nos a eles e aos respetivos cuidadores para enfrentarem os transtornos de saúde mental, que vão da ansiedade à depressão, podendo mesmo chegar a atos ou pensamentos suicidas, quando as pessoas se sentem totalmente sem esperança.
“Trabalhar com os pacientes e respetivos cuidadores nos meios onde vivem, ajuda-nos a fornecer apoio e aconselhamento para apoiá-los nos momentos mais críticos”, sustenta Sara Chesters, coordenadora de atividades de saúde mental. “Os nossos pacientes têm de lidar com as consequências de agressões sexuais e das deslocações forçadas por motivos étnicos, religiosos, ou de conflito, e com os problemas de saúde mental que surgem destas situações de stress agudo, onde os recursos mais básicos e cuidados de saúde são difíceis de encontrar e aceder.”
“Ajudamos a tratar os sintomas deles e trabalhamos com eles de forma a providenciar as ferramentas e recursos para não só sobreviverem, mas também para conseguirem prosperar nestas circunstâncias desafiantes”, frisa Sara.
O apoio à saúde mental é um dos pilares do trabalho da MSF no estado de Rakhine, mas depois do ciclone, a equipa adaptou a maneira como trabalha, de forma a melhorar os cuidados prestados às comunidades afetadas. Em vez de uma abordagem formal e individualista, as equipas estão atualmente focadas em construir relações e a dar espaço às pessoas para falarem.
Trabalhar com os pacientes e respetivos cuidadores nos meios onde vivem, ajuda-nos a fornecer apoio e aconselhamento para apoiá-los nos momentos mais críticos” – Sara Chesters, coordenadora de atividades de saúde mental
Na fase de rescaldo da tempestade, os conselheiros e profissionais de saúde comunitária trabalhavam longos dias, acompanhando as equipas médicas até às clínicas da MSF e campos para pessoas deslocadas no estado de Rakhine. Apoiar as pessoas nas próprias comunidades cria um espaço seguro para falarem, e as nossas equipas organizam pequenas e informais sessões cujo principal objetivo é ouvir e apoiar as pessoas em tempos difíceis.
“Costumamos ir a mosteiros ou a aldeias locais e realizar sessões de grupo. A principal mensagem é dizer aos pacientes que eles não estão sozinhos”, explica Ei Ngoon Phyo, um educador-conselheiro de saúde mental. “Tentamos motivar as pessoas para acreditarem que as esperanças e sonhos que têm podem ganhar vida novamente.”
Ei Ngoon Phyo compreende perfeitamente os pacientes que recebe: perdeu também a casa de família com a passagem do ciclone Mocha e teve de esperar vários dias até conseguir confirmar que todos os familiares estavam bem. Quando voltou à aldeia onde cresceu, encontrou a destruição generalizada de árvores e casas.
“Um coqueiro partiu a minha casa ao meio, ficou completamente destruída, e estamos a ver muitos pacientes que também perderam as casas e os negócios que tinham. Há muitos pacientes que precisam de apoio à saúde mental”, frisa Ei.
“Depois da tempestade, conheci pacientes que precisavam de primeiros socorros psicológicos e tentei apoiá-los o máximo que pude. Falar com os pacientes foi uma experiência também curativa para mim: ao encorajá-los a pensar de certa forma, ajudou-me a fazê-lo também.”
Logo após o ciclone Mocha, várias organizações humanitárias tentaram ampliar atividades para responder às novas necessidades. Porém, continua a ser difícil alcançar os pacientes, o que afeta a capacidade de apoio à saúde mental.
“Descobrimos que há enormes necessidades na comunidade, mas estamos a lutar para alcançar muitos pacientes que precisam de apoio”, sublinha o supervisor de saúde mental da MSF no Norte do estado de Rakhine, destacando o grande número de pedidos de apoio de saúde mental após o ciclone.
A equipa da MSF tem registado uma elevada procura de assistência psicológica, especialmente nos últimos meses, mas há muitas pessoas que continuam sem apoio. É essencial que as organizações humanitárias sejam autorizadas a expandir-se conforme necessário, para chegar a todas as pessoas que necessitam de ajuda.
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