A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos.
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A MSF assumiu o compromisso de fazer todos os esforços para adotar soluções mais sustentáveis nos projetos médico-humanitários e reduzir em 50 por cento as emissões globais pelas quais é responsável
Para melhorar o acesso a cuidados de saúde no Norte da Nigéria, a Médicos Sem Fronteiras (MSF) está a apostar na energia solar para garantir o funcionamento dos hospitais onde presta apoio e que historicamente dependiam de geradores a combustível, dispendiosos e de elevados consumos. As comunidades na região passaram a ter um acesso mais sustentável a dispositivos médicos, a medicação e infraestruturas de saúde que salvam vidas, com esta transição para energias renováveis.
Momentos antes da mudança, muitos profissionais no Hospital de Zurmi sustiveram a respiração, com receio de que a alteração no fornecimento de energia afetasse a prestação de cuidados médicos.
“Temos pessoas ligadas a botijas de oxigénio”, alertou um membro da equipa da MSF aos engenheiros, para reforçar o que estava em causa.
Muito rapidamente, aqueles receios deram lugar a alívio, uma vez que a transição decorreu sem problemas e a energia manteve-se estável durante esse dia e nos dias seguintes.
“Antes, era extremamente complicado’’, descreve o responsável pela energia, Israel Mushore, que trabalhou neste projeto durante cinco meses. “Os pacientes eram levados para cirurgia e havia sempre o risco de a energia falhar a meio do procedimento. Agora, com a energia solar, temos uma fonte de energia estável e fiável.”
Durante anos, o Hospital Geral de Zurmi esteve desligado da rede elétrica nacional e teve de depender de geradores que consumiam mais de 13 mil litros de combustível por mês para assegurar o funcionamento das instalações médicas. Este sistema tinha perturbações frequentes e frustrantes na corrente energética.
Agora, com a energia solar, temos uma fonte de energia estável e fiável.” – Israel Mushore, responsável pela energia
Agora, com a energia solar, temos uma fonte de energia estável e fiável.”
– Israel Mushore, responsável pela energia
Desde a instalação de 436 painéis solares este ano, o sistema de energia solar de 250 quilowatts tem garantido, de forma consistente, o uso contínuo de equipamentos médicos, a conservação de medicamentos em refrigeração e a realização de cirurgias de urgência. Um sistema de bateria de reserva garante que as atividades hospitalares decorrem sem interrupções durante a noite e em períodos prolongados de céu encoberto. Os pacientes no hospital, incluindo na maternidade, nos cuidados intensivos neonatais e na unidade de tratamento de cólera, têm sentido melhorias nos cuidados de saúde que lhes são providenciados.
“É difícil expressar o quanto a transição para painéis solares melhorou a nossa capacidade para dar resposta à desnutrição e a emergências pediátricas, por permitir conservar melhor as vacinas e alargar o nosso alcance até às comunidades”, frisa o coordenador-geral da MSF na Nigéria, Abdullahi Mohamed Ali.
Ao mesmo tempo, a introdução de energia renovável reforçou a capacidade do hospital para prestar cuidados consistentes e de qualidade a longo prazo. Ao mudar a forma como são organizados os recursos – o que é necessário adquirir, transportar, armazenar e pagar –, o hospital passou a estar melhor preparado para providenciar cuidados mais fiáveis e sem interrupções.
E, por ser uma fonte de energia mais limpa, tem um menor impacto ambiental, o que diminui a contribuição para a crise climática que já afeta as pessoas a quem a MSF presta cuidados.
Fenómenos relacionados com o clima, como secas e cheias, estão a afetar gravemente a produtividade agrícola, ao dificultarem o acesso à terra para pastores e agricultores, e a gerar competição pelos recursos. Esta pressão está a alimentar violência e a deslocação de pessoas, resultando em insegurança alimentar e desnutrição em toda a região.
Ao longo dos anos, as equipas da MSF nos oito estados do Norte da Nigéria onde a organização presta trabalho médico-humanitário – incluindo o estado de Zamfara, onde se localiza o Hospital de Zurmi – têm registado um aumento preocupante no número de crianças com desnutrição grave e complicações potencialmente fatais.
Em 2024, a MSF tratou mais de 300 mil crianças – um aumento alarmante de 25 por cento face a 2023. Mais de 75 mil destas crianças necessitaram de internamento hospitalar. Este ano, ao prever um número ainda mais elevado de pacientes com desnutrição, a MSF está a reforçar a capacidade de camas em alguns dos hospitais.
As equipas da MSF observaram também como anos de alterações nas condições meteorológicas – incluindo temperaturas mais elevadas e mudanças nos padrões de precipitação – têm permitido que os mosquitos se reproduzam mais rapidamente e se adaptem a novas zonas, o que leva a um aumento da exposição da população na Nigéria à malária.
De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde, referentes a 2023, a Nigéria representou 26 por cento dos 263 milhões de casos de malária registados a nível mundial, com um aumento significativo estimado em 6,8 milhões de casos entre 2018 e 2023.
“Todos os dias, vemos como o clima afeta a saúde das comunidades em todo mundo”, conta o coordenador-geral da MSF na Nigéria. “Desde os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, até violentas disputas por terra causadas por secas que devastam os campos e reduzem as colheitas, a ligação entre o clima e a saúde é clara”, avança ainda Abdullahi Mohamed Ali.
Para além da consistência associada ao uso de energia solar, a transição para fontes renováveis tem permitido à MSF dar melhor resposta às necessidades dos pacientes. Ao gastar menos tempo e dinheiro na aquisição e transporte do dispendioso combustível para manter os geradores a funcionar – especialmente em zonas remotas –, a MSF tem conseguido direcionar mais recursos para outros custos essenciais que garantem que os hospitais funcionam e que os pacientes têm acesso aos mesmos.
A organização médica-humanitária já começou a ver os efeitos desta mudança nas outras instalações de saúde dotadas de painéis solares no estado de Zamfara (em Talata Mafara e em Gummi) e também nos estados de Borno, Jigawa, Katsina, Bauchi, Kano e Sokoto.
“Embora ainda haja passos a dar para reduzir o impacto ambiental global da MSF, a mudança para energia solar faz parte do nosso esforço por uma solução mais sustentável, que beneficie os pacientes e as comunidades”, sustenta Abdullahi Mohamed Ali.
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