Resposta MSF à nova epidemia de ébola na República Democrática do Congo

É o 14º surto de ébola desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no país em 1976

Uma epidemia de ébola foi declarada no passado dia 23 de abril, na cidade de Mbandaka, capital da província de Équateur, República Democrática do Congo (RDC). A Médicos Sem Fronteiras enviou uma equipa de profissionais para a região a fim de verificar as necessidades da comunidade e prestar apoio ao Ministério da Saúde.
© MSF

Uma epidemia de ébola foi declarada no passado dia 23 de abril, na cidade de Mbandaka, capital da província de Équateur, República Democrática do Congo (RDC). A Médicos Sem Fronteiras (MSF) enviou rapidamente uma equipa de profissionais para a região a fim de verificar as necessidades da comunidade e prestar apoio ao Ministério da Saúde na resposta à epidemia.

Este é o 14º surto de ébola na RDC desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no país em 1976, e o sexto na província de Équateur. A 12 de maio, 20 dias após ter sido declarada, a epidemia mantinha-se restrita a uma zona de saúde da cidade de Mbandaka, onde três pessoas contraíram a doença e morreram.

As autoridades de saúde e outros intervenientes internacionais – incluindo a MSF – não tardaram a chegar ao local para contribuir nos mais variados contextos de resposta: vigilância epidemiológica, controlo de casos, consciencialização, etc. Foi também preparada uma campanha de vacinação pelas autoridades.

A MSF está a prestar apoio em vários níveis:

No centro de tratamento de ébola: a primeira equipa mobilizada destacou a necessidade de prestar assistência ao Centro de Tratamento de Ébola (CTE) em Wangata, tanto no fluxo de pacientes, como na formação de profissionais. De forma a torná-lo completamente funcional novamente, a equipa da MSF, entre outras coisas, reorganizou a triagem e reforçou medidas para prevenir infeções. Esta equipa também providenciou cuidados a vários pacientes de casos suspeitos de ébola e ao terceiro caso confirmado, que infelizmente morreu. Depois de ter sido apoiado durante quase duas semanas, o centro de tratamento em Wangata foi entregue a outra organização médica a 11 de maio, após a doação de medicamentos essencias e provisões médicas.

Reforço do isolamento e das capacidades de tratamento em unidades de saúde descentralizadas: com o aumento dos intervenientes nas instalações médicas de Mbandaka e Wangata, a MSF começou a fornecer ajuda a três unidades de saúde na zona periférica de Bolenge (a Sul da cidade de Mbandaka), de forma a prestar cuidados a pacientes o mais perto possível do seu local de residência. No centro de saúde de Bolenge, foi preparado um posto de triagem e construído um centro de tratamento integral com oito camas (seis para os casos suspeitos, duas para os confirmados). No centro de saúde de Wendji-Secli, a MSF organizou também uma triagem e montou uma sala de isolamento. Para além disto, serão também fornecidas formações em prevenção de infeções, assim como em deteção e gestão de casos para os profissionais médicos.

Reforço na promoção de saúde e vigilância da comunidade: a MSF está também a preparar um reforço na promoção de saúde, vigilância epidemiológica e investigações de alerta na periferia de Mbandaka. A cidade e os arredores estão localizados numa posição-chave do Rio Congo e são um importante ponto de passagem por rio e terra não só dentro da província, mas também para outras grandes cidades do país. Consciencializar as comunidades e capacitá-las para detetarem sinais e alertarem atempadamente as autoridades é crucial para que a epidemia não se propague.

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